sábado, 30 de março de 2013

UM POEMA PARA ALLAN KARDEC

UM POEMA PARA ALLAN KARDEC
Anderson Santos Andrade Silva

 
Aproxima-se o dia 31 de março, data de retorno de Kardec ao Plano Espiritual, após deixar-nos sua portentosa obra, que ficará para sempre conosco ("Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador para que fique eternamente convosco" – João 14:16).

No século XIX, a França se faria palco iluminado do advento do Consolador prometido por Jesus, que iria trazer novas verdades e restabelecer as verdades anteriormente deixadas por Jesus na sua verdadeira compreensão (“Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” - João 14:26).

A ressurreição agora era a do espírito, como já havia sido exemplificada por Jesus após a sua crucificação. A ciência não estava mais só nessa e em outras questões que entravavam a consciência.

Deixo, por ocasião de tão significativa data, minha singela homenagem ao grande desconhecido e, por isso mesmo, até hoje perseguido, ainda que sutilmente, já que as fogueiras hoje são outras.

Mas, como as ideias do bem não se queimam na fogueira do mal disfarçado de bem, cabe a nós, os espíritas, levantar essa bandeira bem alto, que o Codificador desfraldou, fazendo por merecer o título de espíritas, principalmente na prática do amor ao próximo, aí incluindo os nossos irmãos do caminho, que ainda atiram pedras pela fé que temos, a raciocinada.

Para eles, a estrada de Damasco chegará no dia da compreensão. Por ora, prossigamos, nos testemunhos de nossa fé, entendimento e amor.

"Eu tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas vós não as podeis suportar agora. Quando vier, porém, aquele Espírito de Verdade, ele vos ensinará todas as verdades, porque ele não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido" – Jesus (João 16, 12:13).

Essas palavras indicam não uma opinião isolada, mas uma soma de opiniões, um consenso ("Ele não falará de si mesmo").

Ensina-nos Kardec (A Gênese, capítulo 17, item 40) que a palavra Espiritismo não lembra nenhuma personalidade; ela encerra uma ideia geral, que indica, ao mesmo tempo, o caráter e a fonte múltipla da doutrina.

O Espiritismo se baseia na universalidade do ensino dos Espíritos (CUEE – Controle Universal do Ensinamento dos Espíritos) e Kardec sempre observou isso.

Hoje os espíritas têm a responsabilidade da divulgação doutrinária, não por opiniões isoladas, mas pelo consenso que se justapõe à sua doutrina progressista. O Espiritismo é doutrina de transformação do homem pelo esclarecimento. Esse é o processo de regeneração da humanidade; novas ideias, novos ideais, novas formas de pensar e sentir, abandonando-se pensamentos, sentimentos e atitudes cristalizados no engano, e corroborando Jesus, que trouxe ao mundo a sua doutrina de renovação do homem pelo amor e pela busca da verdade, para a libertação dos espíritos e progressão da humanidade no concerto dos mundos.

O Espiritismo não pode ser transformado pelos homens e moldado às suas conveniências, como ocorreu com os princípios cristãos, que ele veio restabelecer.

Não olvidemos o trabalho infatigável do codificador e não lavemos nossas mãos, com a omissão ou a conivência, diante daqueles que querem destruir a obra que ele legou ao mundo.

Não crucifiquemos novamente o Cristo e sua doutrina nos apelos de nossa incompreensão.

Façamos luz em nossas almas com os enriquecedores ensinamentos que o Espiritismo nos possibilita, e que essa luz ilumine outros tantos caminhos, pela força da exemplificação de nosso proceder.
 
"Em um canto de luz do mundo,
a homenagem a Kardec, o codificador.
Nascendo de corações,
em busca de luz e amor".

* * *
 
 
 
 
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terça-feira, 26 de março de 2013

SOCIALISMO






                                                           SOCIALISMO



SOCIALISMO:Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira.

Esta classe, em particular, havia insistido que o socialismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza, ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.

O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe e, portanto, seriam 'justas'. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que em teoria ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um "A".

Após calculada a média da primeira prova todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Já aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". As notas não voltaram a patamares mais altos e as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram aquela disciplina... Para sua total surpresa.

O professor explicou: "o experimento socialista falhou porque quando a recompensa é grande, o esforço pelo sucesso individual é grande. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros para dar aos que não batalharam por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor. Tão simples quanto isso."
Então o professor concluiu:

Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade do mais rico;
2. Para cada um recebendo sem ter de trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;
3. O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa;
4. Ao contrário do conhecimento, é impossível multiplicar a riqueza tentando dividi-la;
5. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.



quarta-feira, 20 de março de 2013

Os pequenos da rua








Os pequenos da rua
Nesse pequeno que passa, roto e sujo, pela rua, caminha o futuro. É a criança filha de ninguém, o garoto sem nome além de menino de rua.
Passa o dia entre as avenidas da cidade, as praças e por vezes nos amedronta, quando se aproxima.
Ele não vai à escola e todas as horas observa que se esgotam os momentos da sua infância.
Você atende os seus filhos, tendo para eles todos os cuidados.
Esmera-se em lhes preparar um futuro, selecionando escola, currículo, professores, cursos.
Acompanha, preocupado, os apontamentos dos mestres e insiste para que eles estudem, preparando-se profissionalmente para enfrentar o mercado de trabalho.
Você auxilia os seus filhos na escolha da profissão, buscando orientá-los e esclarecê-los, dentro das tendências que apresentam.
Você se mantém zeloso no que diz respeito à violência que seus filhos podem vir a sofrer, providenciando transporte seguro, acompanhantes, orientações.
São seus filhos. Seus tesouros.
Enquanto seus filhos crescem em intelecto e moralidade, aqueloutros, os meninos de rua prosseguem na aprendizagem das ruas, maltratados e carentes.
À semelhança dos seus filhos, eles crescerão, compondo a sociedade do amanhã. A menos que pereçam antes, vítimas da fome, das doenças e do descaso.
Cruzarão seus dias com o de seus rebentos e, por não terem recebido o verniz da educação, as lições da moral e o tesouro do ensino, poderão ser seus agressores, procurando tirar pela força o que acreditam ser seu por direito.
Você se esmera na educação dos seus e acredita ser o suficiente para melhorar o panorama do mundo.
No entanto, não basta. É imprescindível que nos preocupemos com esses outros meninos, rotos e mal cheirosos que enchem as ruas de tristeza.
Com essas crianças que têm apagada, em pleno vigor, sua infância, abafada por trabalhos exaustivos, além de suas forças.
Crianças com chupeta na boca utilizando martelos para quebrar pedras, acocorados por horas, em incômoda posição.
Crianças que deveriam estar nos bancos da escola, nos parques de diversão e que se encontram obrigados a rudes tarefas, por horas sem fim que se somam e eternizam em dias.
Poderiam ser os nossos filhos a lhes tomar o lugar, se a morte nos tivesse arrebatado a vida física e não houvesse quem os abrigasse.
Filhos de Deus, aguardam de nós amparo e proteção. Poderão se tornar homens de bem, tanto quanto desejamos que os nossos filhos se tornem. Poderão ser homens e mulheres produtivos e dignos, ofertando à sociedade o que de melhor possuem, se receberem orientação.
Por hora são simplesmente crianças. Amanhã, serão os homens bons ou maus, educados ou agressivos, destruidores ou mensageiros da paz, da harmonia, do bem.
Você sabia?
Que é dever de todos nós amparar o coração infantil, em todas as direções?
E que orientar a infância, colaborando na recuperação de crianças desajustadas, é medida salutar para a edificação do futuro melhor?
Sem boa semente, não há boa colheita.
Enfim: educar os pequeninos é sublimar a humanidade.
Redação do Momento Espírita
Ajude a manter o Momento de Reflexão comprando produtos da Livraria 18 de Abril:

R$ 35,00

Nos Passos da Vida Terrestre
CAMILO/RAUL TEIXEIRA
MENSAGEM
" Desejamos incitar os companheiros reencarnados a buscar melhor entendimento das razões que costumam atar-nos ao mundo; sobre quais os compromissos que nos cabem atender, desde os cuidados para conosco mesmos, àqueles devidos a família corporal e à sociedade maior em que nos achamos, passando pela necessidade de estudar, para romper com a cadeia da ignorância, de trabalhar, a fim de cooperar com o progresso planetário, de servir nos esforços da boa vontade e de aprofundar o relacionamento com a Divindade, logrando sustentação para os inadiáveis enfrentamentos exigidos pela realidade terrena. Camilo " Nesta obra o Espírito Camilo oferta-nos apontamentos nascidos de estudos, análises e expectativas em torno da vida terrena, diante do panorama doloroso que vive o homem na atualidade: desafios do dia-a-dia, vulcões, terremotos e maremot os, problemas familiares, a frieza dos administradores públicos, guerras, sequestros etc. Reflexões que conduz o leitor ao amadurecimento físico e espiritual. Contribui para que o homem busque o melhor entendimento das razões que costumam atar-nos ao mundo, quais compromissos nos cabem atender desde os cuidados para conosco mesmos, à família e à sociedade. Convite à auto-superação.

quinta-feira, 7 de março de 2013

SUPERANDO A DOR




Superando a dor
No dia 28 de julho de 1976, a cidade industrial de Tangshan foi completamente arrasada por um terremoto apavorante. Trezentos mil mortos.
O fato ficou famoso como símbolo do colapso total das comunicações da China naquela época.
A preocupação das autoridades era com a crise pela morte de Mao Tsé-tung e duas outras importantes personalidades.
A notícia do terremoto acabou chegando ao Governo através da imprensa estrangeira.
Muitas mulheres ficaram sem marido e viram seus filhos desaparecer em abismos profundos.
Chen foi uma delas. Naquela manhã de julho, antes de clarear, ela foi despertada por um som estranho.
Era uma espécie de ronco surdo e um assobio, como se um trem estivesse se espatifando contra as paredes da casa.
Quando ia gritar, metade do quarto cedeu e a cama onde estava deitado o marido, foi tragada por um buraco enorme.
O quarto das crianças, que ficava do outro lado da casa, como um cenário de um palco, apareceu à sua frente.
O filho mais velho estava de olhos arregalados e boca aberta. A menina chorava e gritava, estendendo os braços para a mãe.
O filhinho pequeno continuava dormindo calmamente.
A cena à sua frente sumiu de repente como se uma cortina tivesse caído.
Chen acreditou que estava tendo um pesadelo e se beliscou. Não acordou. Então, espetou a perna com uma tesoura.
Sentindo a dor e vendo o sangue, entendeu que não era um sonho.
Gritou como louca. Ninguém ouviu. De todos os lados vinham sons de paredes desmoronando e de móveis quebrando.
Ela ficou ali, com a perna ensangüentada, olhando para o buraco enorme que tinha sido a outra metade da sua casa.
Seu marido e suas lindas crianças tinham desaparecido diante dos seus olhos.
Sentiu vontade de chorar, mas não tinha lágrimas. Simplesmente não queria continuar vivendo.
Vinte anos depois, contando esta história a uma jornalista, Chen confessa que quase todo dia, ao amanhecer, ouve um trem roncando e apitando, junto com os gritos dos seus filhos.
Os pesadelos a machucam, mas ela diz que os suporta porque neles estão também as vozes dos seus filhos.
E quem pensa que Chen vive somente a lamentar e a chorar a perda dos seus amores, engana-se.
Ela, junto a outras mães que perderam seus filhos no terremoto de 1976, fundaram um orfanato, com o dinheiro da indenização que receberam.
É um orfanato sem funcionários. Alguns o chamam de uma família sem homens.
Vivem ali algumas mães e dezenas de crianças. Cada mãe ocupa um aposento grande com 5 ou 6 crianças.
Os aposentos do orfanato foram decorados com uma infinidade de cores, de acordo com o gosto das crianças. Cada quarto com seu estilo de decoração.
Bem diferente dos orfanatos tradicionais da China.
Ao ser questionada como se sente hoje, naquele voluntariado, confessa Chen:
"Muito melhor. Especialmente à noite. Fico olhando enquanto as crianças dormem. Sento ao lado delas, seguro suas mãos contra o meu rosto. Beijo-as e agradeço a elas por me manterem viva.
É um ciclo de amor. Dos velhos para os jovens e de volta para os velhos."
* * *
Por vezes, quando a dor nos visita, nos enclausuramos nela, acreditando que a nossa é a dor maior do mundo.
O exemplo de Chen nos dá a dimensão da dor e nos ensina como lidar com ela: atender o próximo que também sofre.
Afinal, sempre que olharmos para trás encontraremos criaturas mais intensamente feridas do que nós mesmos. E no atendimento às suas feridas, encontraremos o alívio que buscamos.
Tudo porque o toque delicado do amor é o curativo perfeito para as próprias chagas abertas no coração.
Redação do Momento Espírita com base no cap. As mães que sofreram um terremoto, do livro As boas mulheres na China, de autoria de Xinran, ed. Companhia das Letras.
Conheça essa obra:

R$ 35,00


Desafios da Mediunidade
CAMILO/RAUL TEIXEIRA
MEDIUNIDADE
A voz silenciosa de O Livro dos Médiuns avança disponível sempre, para os que tem ouvidos de ouvir as instruções daqueles que ditaram a Doutrina dos Espíritos. É por isso, que, 140 anos depois do seu aparecimento em Paris, suas informações continuam promovendo claridade e lucidez sobre a questão mediúnica, que, por sua vez, impõe-se como gigantesco desafio para todos os que laboram nas lides fenomênicas...



quarta-feira, 6 de março de 2013

CIÊNCIA ESPÍRITA - REFLEXÕES FILOSÓFICAS



CIÊNCIA ESPÍRITA - REFLEXÕES FILOSÓFICAS
Nubor Orlando Facure
lfacure@uol.com.br
De Campinas
 
 
Religião – milagres, profecias, prodígios e dogmas irracionais
 
Na condenação de Galileu ele foi obrigado a refugiar-se em sua própria casa e renunciar aos princípios científicos que divulgava. A Igreja da época estava dando o recado de que não suportaria a perversão dos fundamentos aristotélicos que ela adotava. O sistema do mundo criado por Deus correspondia ao que Aristóteles e Ptolomeu haviam decifrado. Deus, como Ser supremo e onipotente, criou e pôs o mundo em movimento e, desde então, tudo funciona com perfeição e harmonia, com ou sem a sua presença. Ele estabeleceu a ordem para o Universo e nada pode mudá-la. As estrelas que estão fixadas e imóveis nas abóbadas do firmamento são formadas de uma substância divina diferente da que existe no mundo sublunar. A Terra ocupa o centro do Universo e o Sol, que vai de um extremo ao outro do horizonte, serve de lâmpada que ilumina o céu. Tudo que é perfeito e escapa ao entendimento humano é obra de Deus.
 
Galileu, que usou o raciocínio matemático
para comprovar a tese de Copérnico
 
O círculo é tido como figura perfeita impondo aos planetas uma órbita circular nas suas trajetórias em volta do Sol. Não há qualquer ligação entre a vida do homem e a dos animais, eles fazem parte da criação para povoarem o mundo. O Homem conhecido na época era o homem branco, criado no paraíso, de onde foi expulso por ceder à tentação do sexo. Condenado a viver na Terra, terá de seguir os mandamentos da Lei de Deus, que só a Igreja é competente para revelar, podendo ser salvo ou condenado a penas eternas conforme sua submissão. Como doutrina que esclarece o início e o fim do Homem, a Religião da época era um sistema acabado, pronto e que não admitiria mudanças desnecessárias. Seu conteúdo era completo e suficiente para consolar e aliviar nossas dores, ensinar a tolerância aos nossos sofrimentos, justificar a incoerência aparente da Justiça divina e garantir a salvação para os fiéis submissos aos seus sacerdotes. As desigualdades também ocorrem por obra e vontade de Deus e não nos compete desafiá-Lo em seus desígnios.

Conseguindo “explicar” os mistérios do mundo e da vida, as concepções religiosas desempenhavam um papel superior ao da ciência iniciante da época. A religião fornece segurança, conforta no sofrimento, alivia nossos medos, faz troca com nossos “pecados” e assegura a esperança numa vida futura, onde conseguiremos obter o que a Terra não nos privilegiou.
 
Ciência – o estatuto do conhecimento verdadeiro,
 racionalidade, indeterminação, pensamento livre para criar a sua verdade
 
Galileu usa o raciocínio matemático para comprovar a tese de Copérnico deslocando o Sol para o centro e colocando a Terra no cortejo dos planetas ao seu redor. Num mundo tido como regular e perfeito ele descobre as irregularidades da superfície lunar onde viu suas crateras. Num sistema imutável ele acrescentou luas a Júpiter que não foram descritas por Aristóteles.

O alicerce da Igreja viu-se abalado por novas descobertas que sucederam rápidas. Ticho Brahe testemunhou por dois meses a passagem de uma estrela nova no firmamento que a Igreja supunha fixo e invariável. Johanes Kepler comprovou matematicamente que as órbitas dos planetas são elípticas e não círculos perfeito como se supunha. René Descartes construiu um sistema filosófico que permitiria separar o corpo da alma, e André Vessálius inaugurou o estudo da anatomia humana num corpo que lhe parecia comportar-se como uma máquina, capaz de mover-se com músculos sem a ajuda do espírito.

Mais tarde, Isaac Newton identificou a “força atrativa” que mantém os astros em suas órbitas, que movimenta as águas dos oceanos no sobe e desce das marés e provoca a queda os corpos.

Gradativamente as forças imateriais que produziam o movimento e a ordem do Universo foram reconhecidas como forças da gravidade. As Leis divinas que mantém a regularidade dos fenômenos físicos foram substituídas por princípios matemáticos.
 
Os mistérios que sustentam a vida foram compreendidos como combustão do oxigênio, fermentação dos alimentos ou metabolismo celular. Os “espíritos animais” que transitam pelo corpo humano produzindo seus reflexos e movimentos foram identificados quimicamente como neurotransmissores. A regularidade dos acontecimentos foi violada pelo princípio da incerteza. O determinismo linear de uma causa para cada efeito foi abalado pela casualidade circular em que o padrão de resposta determina a intensidade da causa.
 
O paradoxo “ciência como religião” – dogmas,
rituais, hierarquia, o sagrado e o profano
 
Historicamente a Religião tem base na tradição cultural dos seus seguidores. Seu conteúdo, que orienta o comportamento dos fiéis, está redigido em textos sagrados que persistem inalterados por séculos. A linguagem ai empregada é quase sempre simbólica permitindo interpretações conflitantes. Daí a importância do sacerdote e do sistema de hierarquia que os classifica. Entre esses sacerdotes são distribuídas as regalias materiais e o poder divino que os pressupõem representantes de Deus na Terra.

Por outro lado, a construção do saber produzido pela ciência é uma conquista do esforço individual ou de um grupo de pesquisadores. Seus textos, embora redigidos em linguagem técnica, procuram ser o mais claro possível para compreensão dos interessados. A verdade é procurada exaustivamente pela observação ou pela experimentação. Textos escritos ou opiniões pronunciadas por personalidades hierarquicamente destacadas, têm importância relativa e, para serem aceitas, precisarão submeter-se a comprovação realizadas por experimentadores independentes.

O conhecimento científico tem duração relativamente curta, costuma se reunir em um conjunto de proposições teóricas que constituem um paradigma e, de tempos em tempos, os cientistas envolvem-se na tentativa de propor novos e mais adequados paradigmas.

A Ciência não deixou de ocupar-se, também, com dilemas que sempre estiveram sob o domínio das religiões. Ela tem, a seu modo, uma proposta para a origem do Universo e da vida na Terra. É apropriado para a Ciência pesquisar o mecanismo que desencadeia os fenômenos, como eles acontecem, mais do que tentar explicar porque eles acontecem. Ela se ocupa minuciosamente com a causa da dor e muito pouco com o porquê do sofrimento humano. A opção da Ciência é esclarecer, mais do que consolar.

Já é aceito por todos que para fazer ciência é preciso adotar o método científico. Classicamente a pesquisa precisa estar enquadrada na liturgia do método. Usa-se a dedução ou a indução, a observação ou a experimentação. Os fenômenos estudados fornecem os elementos que, aplicados a raciocínios matemáticos, fornecem o valor da verdade descoberta.

Algumas proposições científicas já estão de tal forma comprovadas e aceitas que deverão ter a duração eterna das verdades sagradas das religiões: a gravidade existe como força de atração em todo universo; a energia tem valor inviolável, ela se transforma, mas não se cria nem se perde; o calor tende a se dispersar, assim como toda energia do universo onde a tendência é o caos; a luz é um fenômeno eletromagnético; a matéria visível em todo o Universo é da mesma natureza da matéria existente na Terra; as moléculas de todas as substâncias estão em constante movimento; a variedade das espécies se deve à evolução pela seleção natural.
 
A Ciência Espírita - Fundamentos teóricos,
controle experimental, filosofia espiritualista e conteúdo moral
 
O texto da doutrina espírita teve início com as revelações transmitidas por Espíritos desencarnados de natureza superior, com o propósito de esclarecerem e orientarem a humanidade.

Os objetos de estudo da doutrina espírita incluem o mundo espiritual, os seres que o habitam, suas relações com o mundo material e as conseqüências dessa relação.

Para o Espiritismo, a grandiosidade do Universo e as leis inteligentes que o governam são provas suficientes para comprovar a existência de Deus.

Deus é criador de tudo o que existe e sua criação é incessante. Na situação evolutiva em que se encontra a humanidade, ainda não temos condições de compreender a origem do Universo e da vida na Terra. O que se tem como certo é que Deus sempre criou e sempre continuará criando.

Existem dois elementos fundamentais no Universo, o espiritual e o material. O elemento espiritual tem início como “princípio inteligente”. Essa “centelha espiritual” transita do mundo espiritual ao mundo material ocupando corpos que lhe permite evoluir na escala da vida inteligente na Terra. O Universo é preenchido por um “fluido” de natureza sutil, com propriedades que ainda escapam ao nosso entendimento. É dele que se origina toda matéria conhecida. As propriedades das substâncias só existem em função desse fluido e pela sua atuação essas propriedades podem sofrer as mais diversas alterações. A acidez ou a alcalinidade é dada pela presença desse fluido e por sua atuação um copo de água pode curar ou produzir malefícios.

Existe um propósito divino na criação. Estamos todos destinados a caminhar pela extensa fieira das existências, na Terra ou em outros mundos, buscando a condição de espíritos angélicos que um dia atingiremos.

Deus atua através de Leis que a inteligência humana irá gradativamente descobrindo. Estamos todos mergulhados no pensamento de Deus e nada que ocorre no Universo escapa ao seu consentimento. Somos livres para agir e obrigados a arcar com as conseqüências dos nossos atos. Cada um é responsável pelo seu próprio destino. As Leis morais são pressentidas pela consciência de todos nós e à medida que a humanidade avançar na sua evolução o Homem será cada vez mais conscientes da aplicação dessas Leis.

O mundo espiritual está permanentemente em íntimo contato com o mundo material. Um e outro processam trocas fluídicas entre si e exercem influência sobre o outro. Essa interferência recíproca é tão intensa que não há como permanecer sem sua convivência. Uma multidão de espíritos desencarnados transita com cumplicidade em todos ambientes da Terra. Eles nos acompanham e nós os atraímos compartilhando com eles nossa intimidade. Os pensamentos que freqüentemente temos como sendo nossos são, muitas vezes, o pensamento deles. Dentro das Leis divinas está estabelecido que atraímos para nossa companhia aqueles com quem sintonizamos nossos propósitos. O bem atrai os bons e o mal conviverá com a ignorância.

Por envolver o mundo espiritual e os Espíritos que aí habitam, não temos controle da comunicação espiritual, e os métodos da ciência humana, seu sistema de controle e experimentação, não se aplicam à ciência do Espírito. Entretanto, alguns homens têm em sua constituição uma disposição especial que lhes permite entrar em contato lúcido com os espíritos desencarnados. Trata-se do fenômeno da mediunidade que se registra em todos os povos e em todas as épocas da humanidade. A mediunidade é o grande campo de experimentação em que a doutrina espírita se apóia para revelação e comprovação dos seus postulados.

A expectativa futura é de que no decorrer dos séculos todos os homens possam estar conscientes do seu intercâmbio com o mundo espiritual. Os fenômenos mediúnicos explicam uma série de ocorrências freqüentemente tidas como sobrenaturais ou produzidos por uma energia desconhecida. A transmissão do pensamento, a visão à distância, as premonições, a xenoglossia, a psicometria, a psicografia e a psicofonia são exemplos já bem estudados e esclarecidos pelo Espiritismo.
 
(Nubor Orlando Facure, de Campinas-SP.)
 
 
 
 
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segunda-feira, 4 de março de 2013

SAUDADES DE UM PIANO

SAUDADES DE UM PIANO...Redação do Momento Espíritahttp://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3770&stat=0
 
Ele é um jovem de dezenove anos. Seu dia começa cedo, no trabalho duro. Trabalha preparando a argamassa, levantando paredes de tijolos, conduzindo um carrinho com pedras, areia, cimento.
 
Suas mãos estão habituadas ao cabo da enxada, ao trato com materiais rudes. Frequentemente, suas roupas trazem o pó do cimento e da areia de que se utiliza na atividade diária.
 
Mas, enquanto Rony levanta paredes, construindo edifícios ou realizando reformas, sua mente peregrina muito mais alto do que qualquer imóvel que tenha auxiliado a edificar.
 
Suas mãos concretizam fisicamente e de forma harmônica o que outras mentes idealizaram. Contudo, em sua alma, outras harmonias clamam por se exteriorizar.
 
E tudo aconteceu assim: enquanto trabalhava na garagem de uma casa, sons vindos do segundo andar lhe chegavam. Sons de um piano.
 
Como ele desejaria poder ver um piano de perto! Mais do que isso: ele queria sentar frente a um deles e acariciar o teclado, extraindo notas musicais.
 
Os colegas, em ouvindo-o, dia após dia, externar seu sonho, fizeram com que chegasse aos ouvidos da dona da casa.
 
E ela resolveu satisfazer o sonho do pedreiro. Por que não?
 
Rony adentrou a sala, num dos intervalos para almoço. Ao chegar em frente ao grande piano de cauda, imponente, começou a tremer. Ficou nervoso como se estivesse em um palco, frente a uma imensa plateia e devesse executar um grande concerto.
 
Olhou o interior do piano, admirando-se do sistema que, acionado pelo pianista, permite a criação dos sons. Jamais imaginara que houvesse tantas cordas e madeira.
 
Com cuidado, retirou a proteção de feltro que repousava sobre o teclado. Colocou suas mãos sobre as teclas e começou a pressioná-las.
 
Parecia o reencontro de um grande artista com o instrumento amado.  E não seria mesmo?
 
Melodias começaram a brotar das suas mãos, como mágica. Os pés descalços pressionavam os pedais, no ritmo e tempo exatos.
 
Os colegas ficaram boquiabertos e foram sentando para ouvir. Música. Harmoniosa música.
 
A dona da casa ficou admirada. Com quem ele aprendera?
 
Com ninguém. Em casa, contou Rony, havia um teclado velho de seu irmão em que ele buscava imitar a posição das mãos dos pianistas que assistia pela TV.
 
E reproduzia as músicas que ouvia, nem sabendo o nome dos autores eruditos e clássicos, cujas composições executa com maestria e sentimento: dolce, allegro, vivace, con brio.
 
Depois de entrevista à televisão, foi premiado com um curso de piano gratuito na Universidade de Vitória, no Espírito Santo, onde reside.
 
Conforme sua professora, em poucas aulas, já está aprendendo a ler música.
 
E, enquanto prossegue em sua faina de pedreiro, utiliza todos os intervalos do almoço para subir ao segundo andar, sentar-se ao piano e arrefecer a saudade do amado instrumento.
 
Seu sonho: tornar-se pianista profissional.
 
Saudades de outra vida...
 
* * *
 
Somente a reencarnação pode explicar a genialidade inata. O Espírito retorna, em outro corpo, em ambientes diversos daqueles em que viveu, mas o que aprendeu lhe constitui bem inalienável.
 
Por isso, sempre mais, nestes tempos de transição planetária, ouvimos falar de gênios e de talentos extraordinários.
 
Estão em toda parte e em todas as camadas sociais, testificando a realidade do Espírito que nunca morre e progride sem cessar.
 
Em 27.2.2013.
 
* * *
 
 
MÚSICA (WAVE): Ennio Morricone - Piano Solo
 
 
 
 
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domingo, 3 de março de 2013

Nióbio Minério Brasileiro: IAB Pede CPI para apurar esquema do “Nióbio”

Nióbio Minério Brasileiro: IAB Pede CPI para apurar esquema do “Nióbio”

O PRÊMIO "KLUNGE" - USA

O prêmio “Klunge”- USA

O Prêmio Klunge aprofunda o fosso que separa um estadista de um sucessor rancoroso.
MAURO PEREIRA
Ao receber do Congresso norte-americano o prêmio Klunge, versão alternativa do Nobel sueco, em reconhecimento à inquestionável obra intelectual e ao notável desempenho como chefe do Governo brasileiro, Fernando Henrique Cardoso não só esparge um pouco de luz sobre a embolorada intelectualidade do País do Carnaval como também desagrava a Presidência da República, instituição tão vilipendiada nos últimos nove anos.

Hoje, todos os brasileiros desprovidos de rancores rendem homenagens ao risonho octogenário que mudou a história política e social do Brasil pós-ditadura. A lamentar, apenas a pouca disposição da imprensa para compreender a importância do evento. As publicações que noticiaram o acontecimento não foram além de textos comprometidos pelo espaço acanhado e pelo laconismo. Todos se abstiveram de contar aos leitores o que levou os julgadores a considerar FHC o maior pensador da América Latina, e a premiá-lo com a soma de 1 milhão de dólares.

Democrata autêntico, avesso à retórica vazia e oportunista, Fernando Henrique retirou o Brasil da categoria de república terceiromundista para colocá-lo no patamar reservado às grandes nações. Sábio, ensinou que é possível fortalecer a sociedade sem fragilizar o estado. Hábil, restituiu aos cidadãos o poder de definir os rumos do país.

O sucesso irrefutável de sua administração transformadora fez com que aflorassem sentimentos pouco nobres, como o ciúme e a inveja. Incentivados pela omissão dos companheiros de partido do ex-presidente, adversários políticos afundados em rancores e na miséria ética colocaram em prática uma sórdida campanha cujo único propósito era a desconstrução impiedosa do grande legado administrativo, político e moral deixado pelo governante formidável.

Abandonado por correligionários pusilânimes e injustiçado por grande parte da imprensa, o maior presidente de nossa história travou praticamente sozinho a luta desigual em defesa das grandes conquistas de seu governo. Liderados por Lula, seus algozes tentaram consumar outro linchamento moral com uma violência jamais vista. Bilhões de reais foram torrados na tentativa de apagar da memória política nacional o líder que venceu a hiperinflação que vitimava sobretudo os mais pobres, estabeleceu os fundamentos do equilíbrio macroeconômico
preservados até hoje por seus detratores, ressalte-se , consolidou a democracia e fixou as diretrizes de programas sociais que, expropriados cinicamente pelo PT, desembocaram no Bolsa Família.

FHC saiu mais fortalecido da ofensiva permanentemente alimentada pelo ódio inexplicável do seu sucessor. Aos 80 anos, sereno e extraordinariamente lúcido, a vítima dos ataques virulentos coleciona demonstrações de admiração e respeito oferecidas por brasileiros decentes, pelas plateias das conferências que tem feito no exterior por leitores das obras que se espalham pelas bibliotecas das universidades de dezenas de países.

A conquista do Prêmio Klunge aprofunda o formidável fosso que separa Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. O confronto das inumeráveis diferenças atesta que FHC, sem nunca ter reivindicado tal status, é o estadista que Lula imagina ser, porém jamais será. O prêmio concedido pela Biblioteca do Congresso norte-americano não deve ser visto como mais um exemplo de que “a justiça tarda mas não falha”. No caso de FHC, um dos intelectuais mais reverenciados do século XX, a justiça jamais tardou, tampouco falhou. Seus inimigos é que se divorciaram dela.
 
 

                   
Concedo-me o direito de discordar em alguns aspectos do govêrno FHC, porém, qualquer comparação com o outro é
         
                 simplesmente absurda, quer pela cultura e educação  , principalmente competência.
                
               Bonilha.