terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

VOU-ME EMBORA PRA BRUZUNDANGA






 Vou-me embora pra Bruzundanga

Marco Antonio Villa:

O Brasil é um país fantástico. Nulidades são transformadas em gênios da noite para o dia. Uma eficaz máquina de propaganda faz milagres. Temos ao longo da nossa História diversos exemplos. O mais recente é Dilma Rousseff.
Surgiu no mundo político brasileiro há uma década. Durante o regime militar militou em grupos de luta armada, mas não se destacou entre as lideranças. Fez política no Rio Grande do Sul exercendo funções pouco expressivas. Tentou fazer pós-graduação em Economia na Unicamp, mas acabou fracassando, não conseguiu sequer fazer um simples exame de qualificação de mestrado. Mesmo assim, durante anos foi apresentada como “doutora” em Economia. Quis-se aventurar no mundo de negócios, mas também malogrou. Abriu em Porto Alegre uma lojinha de mercadorias populares, conhecidas como “de 1,99″. Não deu certo. Teve logo de fechar as portas.
Caminharia para a obscuridade se vivesse num país politicamente sério. Porém, para sorte dela, nasceu no Brasil. E depois de tantos fracassos acabou premiada: virou ministra de Minas e Energia. Lula disse que ficou impressionado porque numa reunião ela compareceu munida de um laptop. Ainda mais: apresentou um enorme volume de dados que, apesar de incompreensíveis, impressionaram favoravelmente o presidente eleito.
Foi nesse cenário, digno de O Homem que Sabia Javanês, que Dilma passou pouco mais de dois anos no Ministério de Minas e Energia. Deixou como marca um absoluto vazio. Nada fez digno de registro. Mas novamente foi promovida. Chegou à chefia da Casa Civil após a queda de José Dirceu, abatido pelo escândalo do mensalão. Cabe novamente a pergunta: por quê? Para o projeto continuísta do PT a figura anódina de Dilma Rousseff caiu como uma luva. Mesmo não deixando em um quinquênio uma marca administrativa ─ um projeto, uma ideia ─, foi alçada a sucessora de Lula.
Nesse momento, quando foi definida como a futura ocupante da cadeira presidencial, é que foi desenhado o figurino de gestora eficiente, de profunda conhecedora de economia e do Brasil, de uma técnica exemplar, durona, implacável e desinteressada de política. Como deveria ser uma presidente ─ a primeira ─ no imaginário popular.
Deve ser reconhecido que os petistas são eficientes. A tarefa foi dura, muito dura. Dilma passou por uma cirurgia plástica, considerada essencial para, como disseram à época, dar um ar mais sereno e simpático à então candidata. Foi transformada em “mãe do PAC”. Acompanhou Lula por todo o País. Para ela ─ e só para ela ─ a campanha eleitoral começou em 2008. Cada ato do governo foi motivo para um evento público, sempre transformado em comício e com ampla cobertura da imprensa. Seu criador foi apresentando homeopaticamente as qualidades da criatura ao eleitorado.Mas a enorme dificuldade de comunicação de Dilma acabou obrigando o criador a ser o seu tradutor, falando em nome dela ─ e violando abertamente a legislação eleitoral.
Com base numa ampla aliança eleitoral e no uso descarado da máquina governamental, venceu a eleição. Foi recebida com enorme boa vontade pela imprensa. A fábula da gestora eficiente, da administradora cuidadosa e da chefe implacável durante meses foi sendo repetida. Seu figurino recebeu o reforço, mais que necessário, de combatente da corrupção. Também, pudera: não há na História republicana nenhum caso de um presidente que em dois anos de mandato tenha sido obrigado a demitir tantos ministros acusados de atos lesivos ao interesse público.
Com o esgotamento do modelo de desenvolvimento criado no final do século 20 e um quadro econômico internacional extremamente complexo, a presidente teve de começar a viver no mundo real. E aí a figuração começou a mostrar suas fraquezas. O crescimento do produto interno bruto (PIB) de 7,5% de 2010, que foi um componente importante para a vitória eleitoral, logo não passou de uma recordação. Independentemente da ilusão do índice (em 2009 o crescimento foi negativo: -0,7%), apesar de todos os artifícios utilizados, em 2011 o crescimento foi de apenas 2,7%. Mas para piorar, tudo indica que em 2012 não tenha passado de 1%. Foi o pior biênio dos tempos contemporâneos, só ficando à frente, na América do Sul, do Paraguai. A desindustrialização aprofundou-se de tal forma que em 2012 o setor cresceu negativamente: -2,1%. O saldo da balança comercial caiu 35% em relação à 2011, o pior desempenho dos últimos dez anos, e em janeiro deste ano teve o maior saldo negativo em 24 anos. A inflação dá claros sinais de que está fugindo do controle. E a dívida pública federal disparou: chegou a R$ 2 trilhões.
As promessas eleitorais de 2010 nunca se materializaram. Os milhares de creches desmancharam-se no ar. O programa habitacional ficou notabilizado por acusações de corrupção. As obras de infraestrutura estão atrasadas e superfaturadas. Os bancos e empresas estatais transformaram-se em meros instrumentos políticos ─ a Petrobrás é a mais afetada pelo desvario dilmista.
Não há contabilidade criativa suficiente para esconder o óbvio: o governo Dilma Rousseff é um fracasso. E pusilânime: abre o baú e recoloca velhas propostas como novos instrumentos de política econômica. É uma confissão de que não consegue pensar com originalidade. Nesse ritmo, logo veremos o ministro Guido Mantega anunciar uma grande novidade para combater o aumento dos preços dos alimentos: a criação da Sunab.
Ah, o Brasil ainda vai cumprir seu ideal: ser uma grande Bruzundanga. Lá, na cruel ironia de Lima Barreto, a Constituição estabelecia que o presidente “devia unicamente saber ler e escrever; que nunca tivesse mostrado ou procurado mostrar que tinha alguma inteligência; que não tivesse vontade própria; que fosse, enfim, de uma mediocridade total”.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

E SE O ASTERÓIDE ACERTAR A TERRA


E se o asteróide da próxima sexta-feira acertar a Terra?
asteroide acertando terra
 
Na sexta-feira, dia 15, um asteroide com o tamanho de meio campo de futebol vai passar próximo da Terra. Não vai atingir o planeta, mas se atingisse, a colisão criaria uma explosão grande o suficiente para derrubar 80 milhões de árvores, ou arrasar toda a grande área de São Paulo.
Sabemos disso por que impactos de objetos do tamanho do asteroide 2012 DA14 já aconteceram em tempos recentes. Em 1908, um pedaço de cometa ou meteoroide de 100 milhões de quilogramas explodiu na atmosfera sobre Tunguska, Sibéria, colocando o céu em chamas e liberando a mesma energia de 185 bombas de Hiroshima.
Felizmente, o impacto aconteceu em uma região remota e de floresta, matando centenas de renas, mas nenhum humano. Com cerca de 40 metros de diâmetro, a rocha de Tunguska é semelhante à 2012 DA14, que se acredita ter 45 metros de diâmetro. Para comparar, é o mesmo tamanho da Casa Branca, explica Mark Boslough, um físico do Laboratório Nacional Sandia no Novo México (EUA), que usou um modelo computadorizado para recriar o impacto de Tunguska.
O asteroide 2012 DA14 vai passar a cerca de 27.700 km da Terra, aproximadamente às 15h00 pelo horário de verão brasileiro, sobre a Austrália, Ásia e leste da Europa, vindo do sul para o norte. Ele está em uma órbita que cruza a do nosso planeta em dois pontos, e casualmente estamos passando bem perto de um deles.
Da mesma forma que o evento em Tunguska explodiu no ar, se o asteroide 2012 DA14 atingisse a Terra diretamente (em um ângulo de 90°), explodiria na atmosfera por ser feito de rocha (sua densidade é inferior a 3.000 kg/m³). Um asteroide deste tamanho e de ferro com certeza atingiria o solo, e criaria uma cratera semelhante a Cratera do Meteoro, do Arizona, EUA.
Mas o fato de explodir no ar não significa que não haveriam danos. A explosão criaria uma onda de choque e ventos de 582 m/s que destruiria edifícios e casas de madeira, e entortaria estruturas de aço. Pontes e passarelas ruiriam, todas as janelas na área quebrariam, e carros e caminhões seriam arrastados e destruídos. A potência sonora da explosão chegaria a 116 dB.
Asteroides deste tamanho passam próximos da Terra a cada 40 anos, segundo estimativas da NASA, mas impactos só acontecem a cada 1.000 ou 2.000 anos. De qualquer forma, devem existir uns 500.000 objetos semelhantes em órbita próxima da Terra (menos de 1% foram descobertos) neste momento. [Earth Impact Effects Program (simulador), Impact: Earth! (simulador), NASA, NEO-JPL, OAM, LiveScience]

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O ARROZ DE PALMA









Trechos do livro "O Arroz de Palma" de Francisco Azevedo.

"Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema...Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir... Mas a vida... sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa,
determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe.
Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente...Já estão aí? Todos? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola.
Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e
saborosa. Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto: é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora
errada. O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini, Família à Belle Manière; Família ao Molho Pardo (em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria). Família é afinidade, é à Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.

Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie.
Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.

Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete!"

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

GOVERNO DE SÃO PAULO PERDERÁ A USINA TRÊS IRMÃOS


Brasil 247

No fim do ano passado, o governo de São Paulo teve a oportunidade de antecipar a renovação das concessões de suas usinas hidrelétricas, que estão vencendo, desde que aderissem ao plano do governo federal para reduzir as tarifas de energia. O governador Geraldo Alckmin disse não e foi acompanhado, ainda, pelos governos de Minas Gerais e do Paraná. Segundo Alckmin, uma discussão técnica não deveria ser politizada.

Aquela oportunidade passou e, a despeito da resistência tucana, a presidente Dilma conseguiu anunciar uma redução de 18% nas tarifas de energia, mesmo em São Paulo. Alckmin, por sua vez, ficou com um pepino nas mãos. Terá agora que devolver ao governo federal a concessão de Três Irmãos, uma das principais usinas que fazem parte dos ativos da Cesp.

De acordo com as regras do setor elétrico, o governo federal poderá leiloar novamente a concessão a investidores públicos ou privados – a tendência é que a Cesp, por não ter renovado, fique impedida de participar do novo leilão. Vencerá a disputa o investidor que oferecer a menor tarifa – ou seja, algo que pode vir a ser ainda inferior ao que era oferecido na negociação do fim do ano passado.

O governo paulista, por sua vez, tem como ativo a usina em si, que terá que ser vendida ou arrendada ao futuro dono da concessão. No governo Alckmin já se fala em privatização e numa possível arrecadação entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões. Mas a Cesp, aos poucos, será transformada num ovo sem gema, apenas com a casca.

Será que Alckmin fez uma boa escolha?”

VACINAÇÃO DESAFIO DE URGÊNCIA


VACINAÇÃO DESAFIO DE URGÊNCIA



 
No estado atual da sociedade, a severidade das leis penais não constitui uma necessidade?
(... ) Infelizmente, essas leis mais se destinam a punir o mal depois de feito, do que a lhe secar a fonte. Só a educação poderá reformar os homens, que, então, não precisarão mais de leis tão rigorosas."
(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 796)
 
Foi um ano histórico para a ciência biomédica aquele de 1890. No Instituto Robert Koch, de Berlim, Von Behring e Kitasato apararam a Imunologia no seu nascimento. Demonstraram esses pesquisadores que no soro sangüíneo de animais inoculados com o microrganismo causador da difteria (crupe) havia a presença de substâncias ou fatores antibacterianos.
 
Naquela época era a difteria uma doença que se apresentava, no mundo, com alta taxa de mortalidade infantil. No período de 1883-84 Klebs e Löeffler conseguiram demonstrar que aquela doença, que se apresentava inicialmente como uma dor de garganta levando à prostração severa, era causada por um micróbio (bacilo diftérico).
 
Quatro anos depois Roux e Yersin demonstraram que aquele quadro era principalmente produzido pela distribuição sangüínea de forte veneno (exotoxina). E em 1890 esses missionários da ciência conseguiram demonstrar no soro de animais de laboratório a presença de um fator capaz de neutralizar os efeitos do tóxico microbiano. Nascia assim a era da soroterapia, que abriria novas perspectivas no campo da medicina curativa. Não ficam aí os trabalhos dos abnegados pesquisadores da ciência médica. Contribuição maior vem de Ramon que, trinta anos depois, preocupado talvez com os efeitos colaterais que o tratamento pelo soro acarretava, embrenha-se pelos caminhos, nem sempre tranqüilos, da medicina preventiva. Ramon em 1923 apresenta à sociedade biomédica uma descoberta que iria revolucionar o então "status quo" no campo das doenças humanas transmissíveis. Apresenta-nos um derivativo do veneno bacteriano que, conservando suas características antigênicas, isto é, sendo capaz de estimular o organismo a produzir suas próprias defesas, seus antídotos, perdera sua capacidade tóxica ou venenosa. Nascia assim a Imunologia para a Ciência e com ela a vacinação infantil.
 
Estabelecer um serviço de imunização infantil eficaz e permanente é, para qualquer país, dar um passo adiante no sentido do desenvolvimento social e econômico. Entretanto, para se estabelecer este serviço é necessário trilhar caminhos cheios de percalços, uma vez que:
1) os serviços de saúde não estão vinculados às mães para poder administrar às crianças a vacina de que necessitam na idade apropriada;
 
2) as necessidades técnicas de um Programa Nacional de Vacinação exigem conhecimentos técnicos no planejamento, na administração e uma supervisão prática dos serviços;
 
3) a fabricação, estocagem e aplicação são extremamente dispendiosas. Entretanto, muito se pode fazer, melhorando os sistemas de atenção à saúde para levar às crianças e às mães a imunização; melhorando-se os sistemas para atender a população rural e setores da população urbana que disponham de menos recursos. A colaboração de uma população bem informada, a obtenção de fundos e o fortalecimento efetivo dos serviços básicos de saúde são objetivos difíceis mas acessíveis.
Não podemos esquecer que a vacina não precisa ser inventada. É uma técnica relativamente antiga e efetiva.
 
Os resultados que parecem grotescos é que apesar da revolução tecnológica registrada nos meios de comunicação social (a televisão, o rádio, os documentos cinematográficos, as revistas ilustradas) sigamos ignorando a possibilidade de evitar tantas mortes. Milhões de crianças sobrevivem a infecções evitáveis com a vacinação, porém arrastam para o resto de suas vidas trágicas seqüelas: lesões cerebrais, paralisias, atraso do crescimento, enfermidades pulmonares crônicas, cegueira, surdez, etc.
 
Nos países desenvolvidos 80% das crianças estão imunizadas contra as enfermidades mais mortíferas da infância: difteria, coqueluche, tétano, poliomielite e sarampo.
 
O sarampo, muito mais contagioso do que a varíola, é grave problema de saúde pública, entretanto, basta uma dose da vacina de vírus vivo para obter-se um grau de proteção de 95% por espaço mínimo de 4-5 anos, e provavelmente durante toda a vida da pessoa vacinada. *
 
Mas se o ano de 1890 é um marco na história da saúde física, o ano de 1857 é o marco na história da saúde física e mental com a chegada do Consolador. Quando Allan Kardec inspirado pelas "Vozes dos Céus" publicou "O Livro dos Espíritos" a filosofia tremeu nas suas bases. Porque a Doutrina Espírita é a vacina que arranca da treva, que apresenta a estrada da redenção e que diz que todos os nossos erros são resgatáveis. O homem está na Terra em experiência evolutiva. A Terra não é um lugar de degredo, não é o vale das lágrimas, não é o inferno. É a bendita escola, é o jardim onde colhemos e semeamos. A Terra é o educandário de luz, no qual forjamos a nossa própria evolução, no qual adquirimos as experiências da nossa redenção. A Doutrina Espírita desde 1857, 123 anos atrás, inaugurou a era do espírito imortal. Tem-se agora a certeza de que os mortos voltam e voltam para nos arrancar do caos e nos levar na direção de Deus. Se nós devemos a Behring, Kitasato, Klebs, Löeffler e a Ramon a era da vacinação, devemos a Denis, Flammarion, Crookes, Delanne, Bezerra e a Kardec, iluminados por Jesus, a era da vacinação mental, o prenúncio de uma era melhor, sem poluição psíquica. Porque, à semelhança da Medicina, a Doutrina Espirita institui da mesma forma as técnicas de vacinação, apresentando como referência bibliográfica o Evangelho de Jesus, o maior tratado de Imunologia que a humanidade conhece, como o afirmou Joaquim Murtinho pelas mãos de Francisco Cândido Xavier. Os instrutores religiosos, mais do que doutrinadores, são médicos do espírito, que raramente ouvimos com a devida atenção, enquanto na carne.
 
A semelhança da soroterapia para as doenças orgânicas, instituiu a Doutrina Espírita a desobsessão que vai desenvolver defesa estabelecida por ação exterior. É um tratamento com dose muita vez indeterminada, porque é muito mais fácil educar do que reeducar.
 
Os estados mórbidos da mente humana costumam ser distribuídos por duas condições gerais de desordem mental: neurose e psicose, distintas primariamente por intensidade de desarranjo. A primeira pertence à área da Psicanálise e a segunda à da Psiquiatria. Neurose é um distúrbio emocional da personalidade que conduz o doente a um estilo de vida desajustado. Ele está sempre em conflito consigo mesmo e com o ambiente. No primeiro caso, porque tendências contraditórias se debatem dentro dele, como a necessidade de afeto e a hostilidade. No segundo, porque luta agressivamente contra os fatores externos como se estes constituíssem uma ameaça à sua vida e, ao mesmo tempo, procura recuar diante deles como se julgasse não poder enfrentá-los. Acha o neurótico que deve lutar antes de cooperar e, por isso, é fortemente competitivo (ainda que não pareça).
 
Neurose corresponde em trabalhos espíritas ao termo clássico perturbação, definida como estado de ânimo desajustado, em que o indivíduo não consegue manter a estabilidade emocional e mental, desviando-se para a tristeza, pessimismo, desânimo, agressividade e reações negativas desse tipo.
 
A fim de alcançar um ajuste precário com a circunstância em que vive, o paciente vê-se forçado a criar diversas maneiras de pensar e agir, conhecidas como pseudo-soluções, visto não resolverem o problema íntimo. Muitos são os comportamentos apresentados, mas as pessoas assumem um de três tipos de atitude geral (com inúmeras variações individuais):
1) aproximam-se dos outros porque precisam ansiosamente de afeto e não suportam a solidão;
 
2) opõem-se porque são agressivamente ambiciosos e querem dominar e possuir tudo;
 
3) afastam-se porque mal toleram o contacto humano e sentem-se melhor no isolamento. São três atitudes predominantes que não excluem as opostas, também presentes mas inaparentes. O sujeito que está em oposição aos outros é carente de afeição, mas procura ocultar isso. Servem para caracterizar três tipos básicos de personalidade: complacente, agressiva e indiferente. O homem normal contém esses elementos em proporções equilibradas. É amistoso, solidário, cooperativo. Sintomas orgânicos aparecem não em número pequeno (depressão, fobias, palpitações, inibição, cansaço, angústia, micção freqüente, etc.)
Aspecto fundamental do estado neurótico são as perturbações nas relações humanas e no trabalho. Pelas atitudes acima mencionadas, vê-se logo que o neurótico defronta enormes dificuldades no relacionamento com os seus semelhantes. Tanto que uma das definições afirma que "a neurose é uma perturbação nas relações humanas"; em suma, é-lhe muito difícil gostar dos outros, tratar com os outros e confiar na amizade deles. A atividade no neurótico é sempre inferior à sua capacidade, de modo que no trabalho ele é pouco produtivo. Nota-se bem que as perturbações emocionais atrapalham fortemente o aproveitamento da encarnação.
 
No curso da neurose o raciocínio conserva-se normal. Parece, às vezes, desviado da normalidade porque usa bases falsas; assim, o sujeito pensa que ninguém gosta dele, o mundo é um lugar mau e perigoso, ou inversamente ele adora todo mundo. Ora, esses juízos são falsos e falseiam os raciocínios enunciados. Na verdade, o mecanismo de pensar está intacto. Existe o senso da realidade e a vida social é possível. O neurótico convive conosco, no trabalho e dentro do lar.
 
Na psicose, a desorganização da mente é muito mais avançada. O senso da realidade e a vida social mostram-se nulos ou quase.
 
O psicótico não pode conviver conosco, a sociedade manda segregá-lo para tratamento e assim é indispensável, pois não pode responder pelo que faz.
 
O que mais importa perguntar é o que se mostra no fundo das neuroses e psicoses, impregnando o espírito. Lá está, bem perceptível, a citada tríade afetiva do desequilíbrio mental. Os agentes etiológicos, os "micróbios" do egoísmo, do orgulho e da hostilidade numa associação sinérgica.
 
A causa geral de qualquer perturbação psíquica reside na desobediência constante às determinações da Lei de Deus (abandono sistemático das obrigações impostas pela Lei). Uns estão rebelados contra a vida, o mundo e Deus; outros estão desanimados ante os obstáculos a remover do próprio caminho. Um dia, eclodem os variados sintomas neuróticos ou psicóticos, conforme a intensidade da perturbação íntima. Temos assim, como causa específica as imperfeições afetivas do Espírito, sendo o egoísmo a base dos sentimentos desequilibrantes da alma, esse excessivo apego ao próprio bem, sem considerar o dos outros. É a chamada "hipertrofia congênita do eu" ou ainda "obsessão neurótica do eu". Em outras ocasiões encontramos associado o orgulho, inflação da personalidade, o desejo de parecer superior ao que é. Assim esses indivíduos só se ocupam de suas conveniências e vantagens. "Eles gostam de levar vantagens em tudo" ignorando os outros. O psicólogo Adler e o psicanalista Ralph fizeram comentários muito pertinentes quando dizem que "todos os fracassados - neuróticos, psicóticos, criminosos, bêbados, crianças-problemas, suicidas, pervertidos e prostitutas - dão à vida um sentido privado; ninguém é beneficiado pelas realizações dos seus objetivos e os seus interesses não vão além de suas próprias pessoas...". Aninhado nas raízes inconscientes está sempre o grande fator que influencia a conduta consciente - o egoísmo. A pessoa que é sempre teatro de lutas e dores é a pessoa que está sempre ocupada com pensamentos relativos a si mesma.
 
Um fator a mais está sempre presente, a obsessão - a influência maléfica, intencional ou inconsciente, exercida por Espíritos imperfeitos sobre a humanidade encarnada, de modo prolongado. "O predomínio de uma mente sobre a outra produzindo constrição”. A obsessão complica o quadro dos desequilíbrios já existentes e é causa única de multas formas de demência. Um homem pode enlouquecer só porque um Espírito mau se lhe aderiu à organização perispiritual, dominando-lhe a vontade e impondo-lhe seus pensamentos. Valiosa contribuição no campo da obsessão pode ser encontrada no livro do médico Adolfo Bezerra de Menezes - "A Loucura sob Nova Prisma". Estudos mais recentes, realizados no Hospital Psiquiátrico de Uberaba, parecem indicar que o processo é mais comum do que se supõe. A obsessão é portanto um constrangimento que um indivíduo sente, graças à presença perturbadora de um ser espiritual. Pode ser classificada em três graus distintos, como se lê em "O Livro dos Médiuns", de Allan Kardec, que as descreveu em seu capítulo XXIII como ninguém ainda o fez com tanta segurança. A obsessão simples - muito peculiar a quase todos os indivíduos - seria um tipo de "gripe emocional", que todos nós podemos ser dela vítimas, porque vivemos num mundo atribulado, imediatista, agressivo. Desequilibrando-nos e sintonizamos com os Espíritos também agressivos e desequilibrados. Quando ela se agrava é a obsessão por fascinação. O indivíduo se acredita abençoado por forças superiores e não admite o intercâmbio com os Espíritos menos ditosos; finalmente, quando ele perde o senso de equilíbrio, cai no que o Evangelho chamava de possessão e que Allan Kardec, muito adequadamente voltou a denominar como obsessão por subjugação. Subjugação porque a entidade subjuga-o, imprime-lhe a vontade e passa a exercer nele um predomínio quase total.
 
Allan Kardec, antecipando-se às descobertas de Klebs e Löeffler (1883-84), quando demonstraram a presença de uma entidade microbiana na difteria; as de Behring e Kitasato (1890), demonstrando um fator neutralizante no soro de animais de experimentação, e ainda as de Ramon em 1923, que introduziu a técnica da vacinação antidiftérica, nos traz com "O Livro dos Médiuns", no ano de 1861 a técnica da desobsessão e revive, com auxílio do Espíritos abnegados, a técnica da vacinação mental deixada há quase 2.000 anos por Jesus e hoje redescoberta pelos estudiosos do comportamento humano como Adler. "O Evangelho segundo o Espiritismo" deixa no século passado contribuição incomensurável, permitindo ao homem a oportunidade de desenvolver recursos próprios de defesa contra suas próprias imperfeições. Na doença diftérica a vacinação encontrou o caminho adequado para livrar a criança muita vez da morte. Mais interessante é que, insatisfeitos com "apenas" o vacinar, os pesquisadores desenvolvem um teste para avaliar a relativa susceptibilidade da criança à doença, em outras palavras, dispõe a ciência biomédica de um teste capaz de avaliar se a criança, vacinada ou não, possui defesas capazes de protegê-la contra um ataque da doença. Analogicamente possui o homem um teste seguro para verificar se a evangelização surtiu efeito no sentido do desenvolvimento de recursos contra a poluição psíquica. Conhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral.
 
No campo do tratamento espiritual a desobsessão corresponde à soroterapia no tratamento antitóxico da doença infecciosa. O médico socorre o paciente com a injeção, intravenosa ou intra-muscular, do medicamento capaz de estabelecer defesas (imunidade passiva) previamente produzidas no exterior. O indivíduo pode ser reequilibrado de fora para dentro, mas o processo patológico foi exercido e, ainda, corre risco de vida ou de seqüelas. A evangelização infanto-juvenil atua no mesmo campo da desobsessão, entretanto, à semelhança da imunização ativa (vacinação), permite o desenvolvimento de "elementos de defesa", mesmo antes do contacto com as fontes de infecção. A criança vacinada, mesmo que possa sofrer o processo de agressão microbiana e ficar doente, dispõe de resistência que acarreta quadro clínico mais brando e cura em tempo menor. A criança evangelizada será o homem vacinado do futuro e mesmo diante de um mundo imediatista e atribulado responderá favoravelmente à atmosfera neurotizante das grandes metrópoles.
 
Estabelecer um serviço de imunização infantil eficaz e permanente é, para qualquer país, dar um passo adiante no sentido do desenvolvimento social e econômico; estabelecer-se uma campanha nacional permanente de evangelização infanto-juvenil é anunciar a era nova. É lançar as bases para que o país venha a assumir o seu destino de coração do mundo, verdadeiro celeiro de amor. É por isso que o ano de 1857 é mais importante que o de 1890. Se o ano de 1890 trouxe a contribuição científica para a Medicina, a mensagem de 1857 trouxe Jesus de volta para nós, dizendo-nos que a verdadeira felicidade consiste em dar, em servir, em reter no coração a amor para distribuir em abundância.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bol. Ofic. Sanit. Pan. (OMS), 82(4): 285-299, 1977.
Franco, D. P. Anotações palestras diversas.
Kardec, A. O Livro dos Espíritos (tradução). 51a ed. FEB, RJ, 1980.
Kardec, A. O Livro dos Médiuns (tradução). 4a ed. FEB, RJ, 1904.
Rizzini, C.T. Evolução para o Terceiro Milênio: tratado psíquico para o homem moderno. 1aed. EDICEL, SãoPaulo, SP, 1977.
 
(Reformador, 99 (1823): 61-64, fevereiro, 1981)
 
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

TODA A VIDA EUROPÉIA MORREU EM AUSCHWITZ




TODA A VIDA EUROPEIA MORREU EM AUSCHWITZ
Por Sebastian Vilar Rodriguez
Desci uma rua em Barcelona, e descobri repentinamente uma verdade terrível. A Europa morreu em Auschwitz.
Matámos seis milhões de Judeus e substituímos por 20 milhões de muçulmanos.
Em Auschwitz queimamos uma cultura, pensamento, criatividade, e talento.
Destruímos o povo escolhido, verdadeiramente escolhido, porque era um povo grande e maravilhoso que mudara o mundo.
A contribuição deste povo sente-se em todas as áreas da vida: ciência, arte, comercio internacional, e acima de tudo, como a consciência do mundo. Este é o povo que queimamos.
E debaixo de uma pretensa tolerância, e porque queríamos provar a nós mesmos que estávamos curados da doença do racismo, abrimos as nossas portas a 20 milhões de muçulmanos que nos trouxeram estupidez e ignorância, extremismo religioso e falta de tolerância, crime e pobreza, devido ao pouco desejo de trabalhar e de sustentar as suas famílias com orgulho.
Eles fizeram explodir os nossos comboios, transformaram as nossas lindas cidades espanholas, num terceiro mundo, afogando-as em sujeira e crime.
Fechados nos seus apartamentos eles recebem, gratuitamente, do governo, eles planejam o assassinato e a destruição dos seus ingênuos hospedeiros.
E assim, na nossa miséria, trocamos a cultura por ódio fanático, a habilidade criativa, por habilidade destrutiva, a inteligência por subdesenvolvimento e superstição.
Trocamos a procura de paz dos judeus da Europa e o seu talento, para um futuro melhor para os seus filhos, a sua determinação, o seu  apego à vida porque a vida é santa, por aqueles que prosseguem na morte, um povo consumido pelo desejo de morte para eles e para os outros, para os nossos filhos e para os deles.

Que terrível erro cometido pela miserável Europa.
O total da população islâmica (ou muçulmana) é de, aproximadamente, 1 200 000 000, isto é um bilhão e duzentos milhões  ou seja 20% da população mundial. Eles receberam os seguintes Prémios Nobel:

Literatura
1988 Najib Mahfooz

Paz
1978 Mohamed Anwar El-Sadat
1990 Elias James Corey
1994 Yaser Arafat
1999 Ahmed Zewai

Economia
(ninguém)

Física
(ninguém)

Medicina
1960 Peter Brian Medawar
1998 Ferid Mourad

TOTAL: 7 (sete)

O total da população de Judeus é, aproximadamente, 14 000 000, isto é catorze milhões ou seja cerca de 0,02% da população mundial. Eles receberam os seguintes Prémios Nobel:

Literatura
1910 - Paul Heyse
1927 - Henri Bergson
1958 - Boris Pasternak
1966 - Shmuel Yosef Agnon
1966 - Nelly Sachs
1976 - Saul Bellow
1978 - Isaac Bashevis Singer
1981 - Elias Canetti
1987 - Joseph Brodsky
1991 - Nadine Gordimer World

Paz
1911 - Alfred Fried
1911 - Tobias Michael Carel Asser
1968 - Rene Cassin
1973 - Henry Kissinger
1978 - Menachem Begin
1986 - Elie Wiesel
1994 - Shimon Peres
1994 - Yitzhak Rabin

Física
1905 - Adolph Von Baeyer
1906 - Henri Moissan
1907 - Albert Abraham Michelson
1908 - Gabriel Lippmann
1910 - Otto Wallach
1915 - Richard Willstaetter
1918 - Fritz Haber
1921 - Albert Einstein
1922 - Niels Bohr
1925 - James Franck
1925 - Gustav Hertz
1943 - Gustav Stern
1943 - George Charles de Hevesy
1944 - Isidor Issac Rabi
1952 - Felix Bloch
1954 - Max Born
1958 - Igor Tamm
1959 - Emilio Segre
1960 - Donald A. Glaser
1961 - Robert Hofstadter
1961 - Melvin Calvin
1962 - Lev Davidovich Landau
1962 - Max Ferdinand Perutz
1965 - Richard Phillips Feynman
1965 - Julian Schwinger
1969 - Murray Gell-Mann
1971 - Dennis Gabor
1972 - William Howard Stein
1973 - Brian David Josephson
1975 - Benjamin Mottleson
1976 - Burton Richter
1977 - Ilya Prigogine
1978 - Arno Allan Penzias
1978 - Peter L Kapitza
1979 - Stephen Weinberg
1979 - Sheldon Glashow
1979 - Herbert Charles Brown
1980 - Paul Berg
1980 - Walter Gilbert
1981 - Roald Hoffmann
1982 - Aaron Klug
1985 - Albert A. Hauptman
1985 - Jerome Karle
1986 - Dudley R. Herschbach
1988 - Robert Huber
1988 - Leon Lederman
1988 - Melvin Schwartz
1988 - Jack Steinberger
1989 - Sidney Altman
1990 - Jerome Friedman
1992 - Rudolph Marcus
1995 - Martin Perl
2000 - Alan J.. Heeger

Economia
1970 - Paul Anthony Samuelson
1971 - Simon Kuznets
1972 - Kenneth Joseph Arrow
1975 - Leonid Kantorovich
1976 - Milton Friedman
1978 - Herbert A. Simon
1980 - Lawrence Robert Klein
1985 - Franco Modigliani
1987 - Robert M. Solow
1990 - Harry Markowitz
1990 - Merton Miller
1992 - Gary Becker
1993 - Robert Fogel

Medicina
1908 - Elie Metchnikoff
1908 - Paul Erlich
1914 - Robert Barany
1922 - Otto Meyerhof
1930 - Karl Landsteiner
1931 - Otto Warburg
1936 - Otto Loewi
1944 - Joseph Erlanger
1944 - Herbert Spencer Gasser
1945 - Ernst Boris Chain
1946 - Hermann Joseph Muller
1950 - Tadeus Reichstein
1952 - Selman Abraham Waksman
1953 - Hans Krebs
1953 - Fritz Albert Lipmann
1958 - Joshua Lederberg
1959 - Arthur Kornberg
1964 - Konrad Bloch
1965 - Francois Jacob
1965 - Andre Lwoff
1967 - George Wald
1968 - Marshall W. Nirenberg
1969 - Salvador Luria
1970 - Julius Axelrod
1970 - Sir Bernard Katz
1972 - Gerald Maurice Edelman
1975 - Howard Martin Temin
1976 - Baruch S. Blumberg
1977 - Roselyn Sussman Yalow
1978 - Daniel Nathans
1980 - Baruj Benacerraf
1984 - Cesar Milstein
1985 - Michael Stuart Brown
1985 - Joseph L. Goldstein
1986 - Stanley Cohen [& Rita Levi-Montalcini]
1988 - Gertrude Elion
1989 - Harold Varmus
1991 - Erwin Neher
1991 - Bert Sakmann
1993 - Richard J. Roberts
1993 - Phillip Sharp
1994 - Alfred Gilman
1995 - Edward B. Lewis
1996- Lu RoseIacovino

TOTAL: 128 (cento e vinte e oito)
Os judeus não estão a promover lavagens cerebrais a crianças em campos de treino militar, ensinando-os a fazerem-se explodir e causar um máximo de mortes a judeus e a outros não muçulmanos.
Os judeus não tomam  aviões, nem matam atletas nos Jogos Olímpicos, nem se fazem explodir em restaurantes alemães.
Não há um único judeu que tenha destruído uma igreja. NÃO há um único judeu que proteste matando pessoas.
Os judeus não traficam escravos, não têm líderes a clamar pela Jihad Islâmica e morte a todos os infiéis. Talvez os muçulmanos do mundo devessem considerar investir mais numa educação modelo e menos em queixarem-se dos judeus  por todos os seus problemas.
Os muçulmanos deviam perguntar o que poderiam fazer  pela humanidade antes de pedir que a humanidade os respeite.
Independentemente dos seus sentimentos sobre a crise entre Israel e os seus vizinhos palestinianos  e árabes, mesmo que creiamos que há mais culpas na parte de Israel, as duas frases que se seguem realmente dizem tudo:
"Se os árabes depusessem hoje as suas armas não haveria mais violência. Se os judeus depusessem hoje as suas armas  não haveria mais Israel." (Benjamin Netanyahu)
Por uma questão histórica, quando o Comandante Supremo das Forças Aliadas, General Dwight Eisenhower, encontrou todas as vítimas mortas nos campos de concentração nazista, mandou que as pessoas ao visitarem esses  campos de morte, tirassem todas as fotografias possíveis, e para os alemães das aldeias próximas serem levados através dos campos e que enterrassem os mortos. Ele fez isto porque disse de viva voz o seguinte:
"Gravem isto tudo hoje. Obtenham os filmes, arranjem as testemunhas, porque poderá haver algum malandro lá em baixo, na estrada da história, que se levante e diga que isto nunca aconteceu."
Recentemente, no Reino Unido, debateu-se a intenção de remover  o holocausto do curriculum das suas escolas, porque era uma ofensa para a população  muçulmana, a qual diz que isto nunca aconteceu. Até agora ainda não foi retirado do curriculum. Contudo é uma demonstração do
grande receio que está a preocupar o mundo e a facilidade com que as nações o estão a aceitar.
Já passaram mais de sessenta anos depois da Segunda Guerra Mundial na Europa ter terminado.
O conteúdo deste mail está a ser enviado como uma cadeia em memória dos 6 milhões de judeus, dos 20 milhões de russos, dos 10 milhões de cristãos e dos 1 900 padres Católicos que foram assassinados, violados, queimados, que morreram de fome, foram  espancados, e humilhados enquanto o povo alemão olhava para o outro lado.

Agora, mais do que nunca, com o Iran entre outros, reclamando que o Holocausto é um mito, é imperativo assegurar-se de que o mundo nunca esquecerá isso.

É intento deste mail que chegue a 400 milhões de pessoas..
Que seja um elo na cadeia-memorial e ajude a distribui-lo pelo mundo.
Depois do ataque ao World Trade Center, quantos anos passarão antes que se diga: NUNCA ACONTECEU, porque isso pode ofender alguns muçulmanos nos Estados Unidos???

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

PRAZERES DA MELHOR IDADE

PRAZERES DA MELHOR IDADE




(Melhor idade é a puta que te pariu - a melhor idade é de 18 aos 40 anos...  )
A voz em Congonhas anunciou: "Clientes com necessidades especiais, crianças de colo, melhor idade, gestantes e portadores do cartão tal terão preferência etc.". Num rápido exercício intelectual, concluí que, não tendo necessidades especiais, nem sendo criança de colo, gestante ou portador do dito cartão, só me restava a "melhor idade" - algo entre os 60 anos e a morte.
Para os que ainda não chegaram a ela, "melhor idade" é quando você pensa duas vezes antes de se abaixar para pegar o lápis que deixou cair e, se ninguém estiver olhando, chuta-o para debaixo da mesa. Ou, tendo atravessado a rua fora da faixa, arrepende-se no meio do caminho porque o sinal abriu e agora terá de correr para salvar a vida. Ou quando o singelo ato de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo o João Ubaldo Ribeiro, a uma modalidade olímpica.
Privilégios da "melhor idade" são o ressecamento da pele, a osteoporose, as placas de gordura no coração, a pressão lembrando placar de basquete americano, a falência dos neurônios, as baixas de visão e audição, a falta de ar, a queda de cabelo, a tendência à obesidade e as disfunções sexuais. Ou seja, nós, da "melhor idade", estamos com tudo, e os demais podem ir lamber sabão.
Outra característica da "melhor idade" é a disponibilidade de seus membros para tomar as montanhas de Rivotril, Lexotan e Frontal que seus médicos lhes receitam e depois não conseguem retirar.
Outro dia, bem cedo, um jovem casal cruzou comigo no Leblon. Talvez vendo em mim um pterodáctilo da clássica boemia carioca, o rapaz perguntou: "Voltando da farra, Ruy?". Respondi, eufórico: "Que nada! Estou voltando da farmácia!".
E esta, de fato, é uma grande vantagem da "melhor idade": você extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir.
Primeiro, a aposentadoria é pouca e você tem que continuar a trabalhar para melhorar as coisas. Depois vem a condução.
Você fica exposto no ponto do ônibus com o braço levantado esperando que algum motorista de ônibus te dê uns 60 anos.
Olha... a analise dele é rápida. Leva uns 20 metros e, quando pára, tem a discussão se você tem mais de 60 ou não.
No outro dia entrei no ônibus e fui dizendo:
- "Sou deficiente".
O motorista me olhou de cima em baixo e perguntou:
- "Que deficiência você tem?"
- "Sou broxa!"
Ele deu uma gargalhada e eu entrei.
Logo apareceu alguém para me indicar um remédio. Algumas mulheres curiosas ficaram me olhando e rindo...
Eu disse bem baixinho para uma delas:
- "Uma mentirinha que me economizou R$ 3,00, não fica triste não"
Bem... fui até a pedra do Arpoador ver o por do sol.
Subi na pedra e pensei em cumprir a frase. Logicamente velho tem mais dificuldade.
Querem saber? Primeiro, tem sempre alguém que quer te ajudar a subir: "Dá a mão aqui, senhor!!!"
Hum, dá a mão é o cacete, penso, mas o que sai é um risinho meio sem graça.
Sentar na pedra e olhar a paisagem.
É, mas a pedra é dura e velho já perdeu a bunda e quando senta sente os ossos em cima da pedra, o que me faz ter que trocar de posição a toda hora.
Para ver a paisagem não pode deixar de levar os óculos se não, nada vê.
Resolvo ficar de pé para economizar os ossos da bunda e logo passa um idiota e diz:
- "O senhor está muito na beira pode ter uma tontura e cair."
Resmungo entre dentes: ... "só se cair em cima da sua mãe"... mas, dou um risinho e digo que esta tudo bem.
Esta titica deste sol esta demorando a descer, então eu é que vou descer, meus pés já estão doendo e o sol nada.
Vou pensando - enquanto desço e o sol não - "Volto de metrô é mais rápido..."
Já no metrô, me encaminho para a roleta dos idosos, e lá esta um puto de um guarda que fez curso, sei eu em que faculdade, que tem um olho crítico de consegue saber a idade de todo mundo.
Olha sério para mim, segura a roleta e diz:
- "O senhor não tem 65 anos, tem que pagar a passagem."
A esta altura do campeonato eu já me sinto com 90, mas quando ele me reconhece mais moço, me irrompe um fio de alegria e vou todo serelepe comprar o ingresso.
Com os pés doendo fico em pé, já nem lembro do sol, se baixou ou não dane-se. Só quero chegar em casa e tirar os sapatos...
Lá estou eu mergulhado em meus profundos pensamentos, uma ligeira dor de barriga se aconchega... Durante o trajeto não fui suficientemente rápido para sentar nos lugares que esvaziavam...
Desisti... lá pelo centro da cidade, eu me segurando, dei de olhos com uma menina de uns 25 anos que me encarava... Me senti o máximo.
Me aprumei todo, estufei o peito, fiz força no braço para o bíceps crescer e a pelanca ficar mais rígida, fiquei uns 3 dias mais jovem.
Quando já contente, pelo menos com o flerte, ela ameaçou falar alguma coisa, meu coração palpitou.
É agora...
Joguei um olhar 32 (aquele olhar de Zé Bonitinho) ela pegou na minha mão e disse:
- "O senhor não quer sentar? Me parece tão cansado?"

Melhor Idade??? Melhor idade é a puta que te pariu !!!

sábado, 2 de fevereiro de 2013

TEXTO DE TEREZA COLLOR


TEXTO DE TEREZA COLLOR 
Publicado por Mendonça Neto, Jornal Extra - Rio de Janeiro .


Carta aberta ao Senador Renan Calheiros

"Vida de gado. Povo marcado. Povo feliz". As vacas de Renan dão cria 24 h
por dia. Haja capim e gente besta em Murici e em Alagoas!
Uma qualidade eu admiro em você: o conhecimento da alma humana. Você sabe
manipular as pessoas, as ambições, os pecados e as fraquezas.

Do menino ingênuo que eu fui buscar em Murici para ser deputado estadual em
1978 - que acreditava na pureza necessária de uma política de oposição
dentro da ditadura militar - você, Renan Calheiros, construiu uma trajetória
de causar inveja a todos os homens de bem que se acovardam e não aprendem
nunca a ousar como os bandidos.

Você é um homem ousado. Compreendeu, num determinado momento, que a vitória não pertence aos homens de bem, desarmados desta fúria do desatino, que é vencer a qualquer preço. E resolveu armar-se. Fosse qual fosse o preço,
Renan Calheiros nunca mais seria o filho do Olavo, a degladiar-se com os
poderosos Omena, na Usina São Simeão, em desigualdade de forças e de
dinheiros.

Decidiu que não iria combatê-los de peito aberto, descobriria um atalho, um
mil artifícios para vencê-los, e, quem sabe, um dia derrotaria todos eles,
os emplumados almofadinhas que tinham empregados cujo serviço exclusivo era
abanar, durante horas, um leque imenso sobre a mesa dos usineiros, para que 

os mosquitos de Murici (em Murici, até os mosquitos são vorazes) não
mordessem a tez rósea de seus donos: Quem sabe, um dia, com a alavanca da
política, não seria Renan Calheiros o dono único, coronel de porteira
fechada, das terras e do engenho onde seu pai, humilde, costumava ir buscar
o dinheiro da cana, para pagar a educação de seus filhos, e tirava o chapéu
para os Omena, poderosos e perigosos.

Renan sonhava ser um big shot, a qualquer preço. Vendeu a alma, como o
Fausto de Goethe, e pediu fama e riqueza, em troca.

Quando você e o então deputado Geraldo Bulhões, colegas de bancada de
Fernando Collor, aproximaram-se dele e se aliaram, começou a ser
Parido o novo Renan.

Há quem diga que você é um analfabeto de raro polimento, um intuitivo. Que
nunca leu nenhum autor de economia, sociologia ou direito.
Os seus colegas de Universidade diziam isso. Longe de ser um demérito, essa
sua espessa ignorância literária faz sobressair, ainda mais, o seu talento
De vencedor.
Creio que foi a casa pobre, numa rua descalça de Murici, que forneceu a você
o combustível do ódio à pobreza e o ser pobre. E Renan Calheiros decidiu
que, se a sua política não serviria ao povo em nada, a ele próprio serviria
em tudo. Haveria de ser recebido em Palacios, em mansões de milionários, em
Congressos estrangeiros, como um príncipe, e quando chegasse a esse ponto,
todos os seus traumas banhados no rio Mundaú, seriam rebatizados em Fausto e
opulência; "Lá terei a mulher que quero, na cama que escolherei. Serei amigo
do Rei."

Machado de Assis, por ingênuo, disse na boca de um dos seus personagens: "A
alma terá, como a terra, uma túnica incorruptível." Mais adiante, porém,
diante da inexorabilidade do destino do desonesto, ele advertia: "Suje-se,
gordo! Quer sujar-se? Suje-se, gordo!"

Renan Calheiros, em 1986, foi eleito deputado federal pela segunda vez.
Nesse mandato, nascia o Renan globalizado, gerente de resultados, ambição à
larga, enterrando, pouco a pouco, todos os escrúpulos da consciência. No seu
caso, nada sobrou do naufrágio das ilusões de moço!
Nem a vergonha na cara. O usineiro João Lyra patrocinou essa sua campanha
com US1.000.000. O dinheiro era entregue, em parcelas, ao seu motorista
Milton, enquanto você esperava, bebericando, no antigo Hotel Luxor, av.
Assis Chateaubriand, hoje Tribunal do Trabalho.

E fez uma campanha rica e impressionante, porque entre seus eleitores havia
pobres universitários comunistas e usineiros deslumbrados, a segui-lo nas
estradas poeirentas das Alagoas, extasiados com a sua intrepidez em ganhar a
qualquer preço. O destemor do alpinista, que ou chega ao topo da montanha -
e é tudo seu, montanha e glória - ou morre. Ou como o jogador de pôquer, que
blefa e não treme, que blefa rindo, e cujos olhos indecifráveis
Intimidam o adversário. E joga tudo. E vence. No blefe.

Você, Renan não tem alma, só apetites, dizem. E quem, na política
brasileira, a tem? Quem, neste Planalto, centro das grandes picaretagens
nacionais, atende no seu comportamento a razões e objetivos de interesse
público? ACM, que, na iminência de ser cassado, escorregou pela porta da
renúncia e foi reeleito como o grande coronel de uma Bahia paradoxal, que
exibe talentos com a mesma sem-cerimônia com que cultiva corruptos? José
Sarney, que tomou carona com Carlos Lacerda, com Juscelino, e, agora, depois
de ter apanhado uma tunda de você, virou seu pai-velho, passando-lhe a
alquimia de 50 anos de malandragem?

Quem tem autoridade moral para lhe cobrar coerência de princípios? O
presidente Lula, que deu o golpe do operário, no dizer de Brizola, e hoje
hospeda no seu Ministério um office boy do próprio Brizola?
Que taxou os aposentados, que não o eram, nem no Governo de Collor, e dobrou
o Supremo Tribunal Federal?
No velho dizer dos canalhas, todos fazem isso, mentem, roubam, traem. Assim,
senador, você é apenas o mais esperto de todos, que, mesmo com fatos
gritantes de improbidade, de desvio de conduta pública e privada, tem a
quase unanimidade deste Senado de Quasímodos morais para blinda-lo.

E um moço de aparência simplória, com um nome de pé de serra - Siba - é o
camareiro de seu salvo-conduto para a impunidade, e fará de tudo para que a
sua bandeira - absolver Renan no Conselho de Ética - consagre a sua
carreira.
Não sei se este Siba é prefixo de sibarita, mas, como seu advogado in
pectore, vida de rico ele terá garantida. Cabra bom de tarefa, olhem o jeito
sestroso com que ele defende o chefe... É mais realista que o Rei. E do
outro lado, o xerife da ditadura militar, que, desde logo, previne: quero
absolver Renan.

Que Corregedor!... Que Senado!...Vou reproduzir aqui o que você declarou
possuir de bens em 2002 ao TRE. Confira, tem a sua assinatura:

1) Casa em Brasília, Lago Sul, R$ 800 mil, 

2) Apartamento no edifício Tartana, Ponta Verde, R$ 700 mil,
3) Apartamento no Flat Alvorada, DF, de R$ 100 mil,
4) Casa na Barra de S Miguel de R$ 350 mil ..

E SÒ. 

Você não declarou nenhuma fazenda, nem uma cabeça de gado!!
Sem levar em conta que seu apartamento no Edifício Tartana vale, na
realidade, mais de R$1 milhão, e sua casa na Barra de São Miguel,
comprada de um comerciante farmacêutico, vale mais de R$ 2.000.000.Só aí,
Renan, você DECLARA POSSUIR UM PATRIMONIO DE CERCA
DE R$ 5.000.000.
Se você, em 24 anos de mandato, ganhou BRUTOS, R$ 2 milhoes, como comprou o resto? E as fazendas, e as rádios, tudo em nome delaranjas? Que herança moral você deixa para seus descendentes?. 


Você vai entrar na história de Alagoas como um político desonesto, sem
escrúpulos e que trai até a família. Tem certeza de que vale a pena?
Uma vez, há poucos anos, perguntei a você como estava o maior latifundiário
de Murici. E você respondeu: "Não tenho uma só tarefa de terra. A vocação de
agricultor da família é o Olavinho." É verdade, especialmente no verde das
mesas de pôquer!

O Brasil inteiro, em sua maioria, pede a sua cassação. Dificilmente você
será condenado. Em Brasília, são quase todos cúmplices.
Mas olhe no rosto das pessoas na rua, leia direito o que elas pensam, sinta
o desprezo que os alagoanos de bem sentem por você e seu comportamento
desonesto e mentiroso. Hoje perguntado, o povo fecharia o Congresso. Por
causa de gente como você!

Por favor, divulguem pro Brasil inteiro pra ver se o congresso cria vergonha
na cara. 


Os alagoanos agradecem.

Thereza Collor 

Asteroide vai passar de raspão pela Terra em fevereiro



Asteroide vai passar de raspão pela Terra em fevereiro
 
Rocha espacial de 50 metros de diâmetro chegará a apenas 22 mil km do planeta,
menor aproximação já registrada na astronomia moderna
 
Cesar Baima
 
31/01/13 - 07h00

Ilustração mostra um asteroide em rota da Terra: não há perigo de colisão imediata ou no futuro próximo
Foto: Reprodução
Ilustração mostra um asteroide em rota da Terra: não há perigo de colisão - imediata ou no futuro próximo
RIO - Descoberto por um astrônomo amador em fevereiro do ano passado, o asteroide 2012 DA14 por pouco não vai atingir a Terra no mês que vem. No próximo dia 15 de fevereiro, esta rocha espacial de cerca de 50 metros de diâmetro vai passar a apenas 22 mil quilômetros da superfície do planeta, menos de um décimo da distância da Lua, e dentro da região da órbita onde estão localizados os satélites geoestacionários de telecomunicações e meteorologia. Segundo os astrônomos, o asteroide não apresenta risco de colisão imediato nem no futuro próximo, mas sua passagem será acompanhada com grande interesse por apresentar uma oportunidade única para estudar este tipo de objeto, refinar os modelos usados para sua detecção e calcular a dinâmica de sua interação gravitacional com a Terra. "Estamos bastante animados com a possibilidade de observar o asteroide com telescópios", conta Alexandre Cherman, astrônomo da Fundação Planetário do Rio. "Ele vai passar a uma distância que é ridiculamente pequena em termos astronômicos e recorde na astronomia moderna".
Impacto provocaria devastação local
Segundo Cherman, o fato de o 2012 DA14 ter sido detectado há um ano e sua órbita já ter sido calculada com tamanha precisão é uma mostra da evolução de nossa capacidade de rastrear este tipo de objeto, mesmo os menores deles. Apesar do tamanho reduzido, caso estivesse em rota de colisão com o planeta, o asteroide poderia causar estragos consideráveis, que dependeriam de sua composição, velocidade, ângulo e local de impacto. Em 1908, um objeto de dimensões semelhantes teria explodido no céu sobre a desabitada região de Tunguska, na Sibéria, com uma força estimada em 2,5 megatons, o equivalente a uma bomba termonuclear de médio porte, derrubando ou destruindo 80 milhões de árvores em uma área de aproximadamente 2 mil quilômetros quadrados. Não seria um evento global como o do asteroide que, se acredita, exterminou os dinossauros. Este tinha entre três e oito quilômetros de diâmetro e liberou a energia de milhares de bombas nucleares. Mas seria mais do que suficiente para devastar uma grande cidade, deixando um rastro de milhões de mortos. "Um objeto deste tamanho atinge a Terra uma vez a cada 100 ou 120 anos, então estatisticamente já estamos passando da hora", lembra Cherman. "Mas, como 75% da superfície da Terra são de água, o mais provável é que ele caísse sobre um oceano. E mesmo que atingisse o solo, seria uma explosão considerável, mas com uma devastação muito localizada".
Segundo o astrônomo do Planetário, será difícil observar a passagem do asteroide no céu do Rio devido a sua trajetória. Apesar de os cálculos indicarem que ele vai chegar a uma magnitude entre 7 e 8, brilhante o bastante para ser visto com um binóculo, o horário da aproximação máxima (17h30) e sua rota, entrando na sombra do planeta, vão escondê-lo dos olhos dos cariocas. O 2012 DA14, porém, deverá voltar a se aproximar em 2020, quando novamente passará a uma distância inferior à da Lua e sem risco de colisão.
Estratégias de sobrevivência
Caso o 2012 DA14 estivesse em rota de colisão com a Terra, o conhecimento prévio de sua existência e trajetória permitiriam à Humanidade tomar medidas para evitar seus estragos. E para isso não precisaríamos chamar o Bruce Willis. Segundo o astrônomo Alexandre Cherman, por ser relativamente pequeno, o asteroide poderia ser destruído ainda no espaço por um míssil nuclear comum. "É só calcular posição e rota exatas e mandar bomba. Isso daria conta do recado", afirmou Cherman.
O mesmo, no entanto, não poderia ser feito com objetos maiores, como o Apophis, uma rocha de cerca de 270 metros de diâmetro que deverá chegar a menos de 36 mil quilômetros do planeta em 2029, e muito menos com um eventual gigante como o que exterminou os dinossauros, que estimavas apontam colidir com o planeta a cada 100 milhões de anos. Isso porque o míssil poderia simplesmente parti-los em vários asteroides menores, mas ainda com tamanho suficiente para causar grandes estragos, efetivamente transformando uma ameaça em muitas. "Caso soubéssemos, com antecedência, o melhor, neste caso, seria provocar algum pequeno desvio na sua trajetória de forma que ele 'errasse' o planeta. Bastaria muito pouco para tirá-lo da rota de colisão, e, depois, era só deixar a gravidade atuar", conta Cherman.
E são muitas as opções em estudo para desviar o asteroide. A primeira, que deverá ser testada pela Agência Espacial Europeia (ESA) em 2020, prevê uma ação cinética, com uma nave sendo enviada para se chocar com o asteroide e assim dar um pequeno empurrão nele, tirando-o da rota de colisão com a Terra. Outras envolvem os chamados “rebocadores gravitacionais”, naves colocadas em órbita dos asteroides que aos poucos alteram sua trajetória, e as velas espaciais, que usariam a força do vento solar com a mesma finalidade. E também há ideias menos ortodoxas, como a de pintar o asteroide de branco e aumentar sua reflexividade, aumentando em consequência a força exercida sobre ele pela luz solar e, mais uma vez, mudando sua rota.

Seria esta a previsão correta para o fim do mundo?