sexta-feira, 24 de maio de 2013

O ALUNO AGRESSIVO E O PROFESSOR PACIENTE



O aluno agressivo e o professor paciente


Havia um aluno muito agressivo e inquieto naquela escola.
Ele perturbava a classe e arrumava freqüentes confusões com os colegas.
Era insolente e desacatava a todos.
Repetia os mesmos erros com freqüência.
Parecia incorrigível.
Os professores não mais o suportavam.
Cogitaram até mesmo de expulsá-lo do colégio.
Antes disso, porém, entrou em cena um professor que resolveu investir naquele aluno.
Todos achavam que era perda de tempo, afinal, o jovem era um caso perdido.
Mesmo não tendo apoio de seus colegas, o professor começou a conversar com aquele jovem nos intervalos das aulas.
No início era apenas um monólogo, só o professor falava.
Aos poucos, ele começou a envolver o aluno com suas próprias histórias de vida e com suas brincadeiras.
De modo gradativo, professor e aluno construíram uma ponte entre seus mundos.
O professor descobriu que o pai do rapaz era alcoólatra e espancava o garoto e sua mãe.
Compreendeu que o jovem, aparentemente insensível, já tinha chorado muito e, agora, suas lágrimas pareciam ter secado.
Entendeu que sua agressividade era uma reação desesperada de quem pedia ajuda.
Só que ninguém, até então, havia decifrado sua linguagem.
Era mais fácil julgá-lo do que entendê-lo.
O sofrimento da mãe e a violência do pai produziram zonas de conflito na memória do rapaz.
Sua agressividade era um eco da violência que recebia.
Ele não era réu, era vítima.
Seu mundo emocional não tinha cores.
Não lhe haviam dado o direito de brincar, de sorrir e de ver a vida com confiança.
Agora estava perdendo também o direito de estudar, de ter a única chance de progredir.
Estava para ser expulso do Colégio.
Ao tomar consciência da real situação, o professor começou a conquistá-lo.
O jovem sentiu-se querido, apoiado e valorizado, pela primeira vez na vida.
O professor passou a educar-lhe as emoções.
Ele percebeu, logo nos primeiros dias, que por trás de cada aluno arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto.
Em poucas semanas todos estavam espantados com a mudança ocorrida.
O rapaz revoltado começou a demonstrar respeito pelos outros.
Abandonou sua agressividade e passou a ser afetivo.
Cresceu e tornou-se um aluno extraordinário.
Tudo isso porque alguém não desistiu dele.
* * *
Professores ou pais, todos queremos educar jovens dóceis e receptivos.
Queremos ver brotar diante de nossos olhos as sementes que semeamos.
No entanto, são os jovens que nos desapontam, que testam nossa qualidade de educadores.
São filhos complicados que testam a grandeza do amor dos pais.
São os alunos insuportáveis que testam a capacidade de humanismo dos mestres.
Pais brilhantes e professores fascinantes não desistem dos jovens, mesmo que eles causem frustração e não lhes dêem o retorno imediatamente esperado.
Paciência é o segredo.
A educação do afeto é a meta.
Os alunos que mais decepcionam hoje poderão ser aqueles que mais alegrias nos trarão no futuro.
Basta investir tempo e dedicação a eles.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 5 do livro Pais brilhantes - professores fascinantes, de Augusto Cury, ed. Sextante.
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Filme
DANIEL FILHO
Filme de Chico Xavier bateu recorde de bilheteria no cinema nacional. O filme descreve a trajetória de Chico Xavier, que viveu 92 anos desta vida terrena desenvolvendo importante atividade mediúnica e filantrópica. Vida conturbada, com lutas e amor. Seus mais de 400 livros psicografados consolam os vivos, pregam a paz e estimulam caridade. Fenômeno? Fraude? Os espíritos existem? Assistam e tirem suas conclusões. Chico Xavier para os descrentes, no mínimo, é um personagem intrigante. Esta contém áudio-descrição para deficientes visuais.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

VALORES DO CORPO E DO ESPÍRITO


Valores do corpo e do espírito
Viver no mundo é estar em contato permanente com o desejo de ter coisas, pessoas, riquezas.
Nos shoppings e meios de comunicação, o apelo é sempre para comprarmos mais, consumirmos mais, acumularmos mais.
O que fazer, já que somos treinados desde pequenos para desejar conforto, prazeres, bens?
Como escapar a esse verdadeiro fascínio que as coisas materiais exercem sobre nós e nos tornam escravos do trabalho e do dinheiro?
Havia um homem muito rico, um milionário cujas terras pareciam não ter fim. Certa noite, ele olhava para a extensão de suas propriedades e alegrava-se profundamente.
Via os imensos campos, os trigais maduros, os celeiros cheios, as moedas que enchiam os cofres.
Ele pensava: "Tenho tanta coisa que já nem cabe nos depósitos. Amanhã mandarei derrubar estes celeiros e construirei outros maiores."
E o homem dizia para si mesmo: "Alegra-te, minha alma, pois tens riquezas para muitos anos. Descansa, come, bebe, diverte-te."
O que esse homem não sabia é que naquela mesma noite morreria. Suas terras, riquezas e todos os seus bens materiais ficariam para trás.
A história desse homem rico é adaptação de uma parábola contada por Jesus.
Era uma ocasião em que o Mestre queria ensinar que não devemos nos fixar excessivamente nas coisas materiais, pois elas são temporais, passageiras.
Ensinava Jesus que os verdadeiros valores são os do espírito. Esses continuam conosco: seguem com a nossa alma quando a morte chega. Por isso eles devem ser a nossa principal fonte de atenção.
O mundo exerce um enorme fascínio sobre as pessoas. Ao nascermos, esquecemos nossa verdadeira origem: a natureza espiritual. E mergulhamos em um ambiente onde quem é mais esperto e competitivo leva a melhor.
Para piorar, somos julgados pelo modo de vestir, pelo lugar em que moramos, pelo tamanho da conta bancária.
Muitas vezes desejamos escapar dessa lógica perversa, mas como fazer isso?
Alguns mais radicais acreditam que a solução é fugir do mundo, escapar das regras sociais, viver como ermitão, longe de tudo e de todos.
É uma opção extrema, mas não é a solução.
A vida em sociedade lapida os nossos relacionamentos. Isolar-se é fugir. No relacionamento com as pessoas é que podemos ver quem realmente somos.
Viver em isolamento é uma artificialidade. Coragem real é expor-se às situações e tornar-se vencedor.
Por isso, para escapar da atração das coisas materiais a solução é o equilíbrio. Trabalhar sim, mas sem se tornar escravo.
Acumular o suficiente para o sustento do corpo, mas sem ceder à ganância. Desejar as coisas boas, mas sem exageros.
Uma frase resume tudo isso: viver no mundo e não para o mundo.
E a fórmula para manter os pés no chão é bem simples: basta lembrar que um dia deixaremos roupas, jóias, imóveis, dinheiro. Tudo ficará aqui na Terra.
E, ao morrermos, a pergunta então será: o que levamos com a nossa alma? Que exemplos deixaremos? Que boas lembranças nossos amigos e parentes terão de nós? Acredite: isto, sim, é essencial.
Texto da Redação do Momento Espírita.

CART DO CEL. JOSÉ GOBBO FERREIRA A MIRIAM LEITÃO





Prezada Senhora Miriam Leitão:

Tendo lido seu artigo "Círculo Militar" e, dada a elevada conta em que tenho sua inteligência, me sinto obrigado a entrar em contato com a Senhora para lhe oferecer, com profundo respeito às suas opiniões pessoais e ao seu direito de expressá-las, uma interpretação, também pessoal, do problema da chamada comissão da verdade, uma vez que nele a Senhora acusa os militares brasileiros, entre outras coisas, de se oporem radicalmente a sua criação.

O problema fundamental é que vivemos em uma época em que o partido de plantão no poder não merece qualquer confiança nos quesitos ética, moral, justiça, respeito e, em consequência, verdade. Não há como acreditar que esse grupo queira, de fato, buscá-la. O Cristo é claro quando afirma que "...a árvore ruim não pode dar bons frutos."
Com efeito, as esquerdas brasileiras, derrotadas no campo de luta pela contrarrevolução de 1964, se esmeraram desde então em uma campanha de propaganda bem ao tipo Gramsci, visando reescrever a história, distorcendo fatos, negando suas verdadeiras intenções e demonizando aqueles que os enfrentaram e venceram naquela oportunidade.
A verdade é que os grupos que foram combatidos não desejavam, de maneira nenhuma, "restabelecer a democracia no Brasil", como dizem, mas sim fazer exatamente o contrário, estabelecendo no país uma ditadura comunista. Esse desiderato é hoje confirmado por inúmeros então participantes daquelas manobras, hoje desiludidos e trazidos à luz da razão pelo amadurecimento político e pelo convencimento da absoluta falta de competência daquele regime para trazer o bem estar ao povo, embora excepcionalmente efetivo para promover o enriquecimento pessoal ilimitado dos membros da "intelligentsia" do partido. Os militares em particular constituem o alvo preferencial de suas manobras escusas, primeiro porque nunca deixarão de agir, por todos os meios de que disponham, até mesmo com o sacrifício da própria vida, para impedir que o Brasil seja arrastado a aventuras inconsequentes, e segundo porque a devoção à honra, à ética, à moral e à Pátria faz com que as FFAA sejam a instituição de maior prestígio junto ao povo brasileiro. É essencial para aqueles grupos que a imagem de seus integrantes seja denegrida perante a população.
Eles são pintados como seres sádicos, sedentos de sangue, torturadores cruéis, que escolhiam suas vítimas entre pessoas inocentes e ingênuas, sem qualquer vínculo com as monstruosidades que o terrorismo vinha praticando, que eram aprisionadas, torturadas e eventualmente até mortas sem ter a mínima ideia do porque daquelas atitudes contra elas.
É possível que tenha havido violações por parte dos agentes da lei no combate ao terrorismo. Mas suas vítimas nunca foram inocentes e, menos ainda, ingênuas. Os excessos, se os houve, foram cometidos no ardor do empenho em prever e neutralizar atentados terroristas, estes sim, que matavam e feriam, a torto e a direito, civis absolutamente inocentes e espalhavam a insegurança e o medo entre a população ordeira e pacífica. É preciso ter vivido naquela época, ou ter a humildade de procurar se esclarecer a respeito, para entender a excepcionalidade do momento que se vivia.
Se houve ilícitos, os houve de ambos os lados, em uma situação de guerra revolucionária. A Lei da Anistia, ampla, geral e irrestrita, tão enfaticamente exigida pelo povo brasileiro, veio para pacificar a Nação e apagar as nódoas do passado sepultando definitivamente as violações por parte de todos os envolvidos. Se for verdade que as forças do Estado agiram mal contra terroristas, isso só ocorreu tentando evitar que aqueles indivíduos continuassem semeando a morte e a destruição no seio do povo. Se uns forem passíveis de execração pública, outros o serão ainda mais, pela aleatoriedade de seus alvos.
A Senhora parece espantar-se com o fato de o Gen. Rocha Paiva lançar dúvida sobre a ocorrência ou não de tais crimes e de tortura nas instalações militares da época. Essa dúvida existe sim, pois a orientação da esquerda, muito bem explicitada pelo ator comunista Mario Lago, era para que qualquer um que tivesse sido detido, qualquer que fosse o motivo ou a duração de sua detenção, declarasse peremptoriamente ter sido barbaramente torturado. Logo, cabe perfeitamente dúvida sobre se a Exma. Senhora presidente da República tenha realmente sofrido qualquer mau trato que seja.
Por isso tudo, uma comissão de tal ordem é impossível dentro do ambiente de mentiras e malfeitos em que está mergulhado nosso país, ambiente esse previamente criado por aqueles que agora se transvestem em paladinos da verdade. Os militares não seriam contra comissão nenhuma se houvesse a garantia absoluta de que, sob o manto da Lei da Anistia, a verdade, toda a verdade e somente a verdade fosse seu objetivo. Se se buscasse mostrar o que aconteceu, porque aconteceu, quem fez o que e porque o fez. Aí sim, se teria uma Comissão da Verdade com letras maiúsculas. Mas o que se deseja é dar aos terroristas de ontem a auréola de libertadores democratas e aos militares de sempre a pecha de criminosos cruéis.
Militares de ontem, de hoje e de sempre jamais se envergonharão de seu papel naqueles tempos de exceção. Patrícios nossos, mas agindo em nome de Cuba, da China e da Rússia, pegaram em armas para implantar o comunismo em nossa Pátria. Foram derrotados. Vieram, mas não passaram. E assim será sempre, porque assim os soldados da Pátria juraram que tem que ser.
Os militares brasileiros não se pejam de serem submetidos ao poder civil, pois que isso é uma característica republicana e eles são guardiões da República. O poder político não faz parte de seus objetivos, nem remotamente. As FFAA são instituições de Estado, fieis servidoras da Pátria, respeitando a autoridade de todo e qualquer governo democraticamente eleito e respeitador da Constituição ele também. Excepcionalmente, esses votos foram rompidos em 1964, em uma operação extrema de garantia da lei e da ordem, por exigência direta do povo nas ruas.
Agradecendo profundamente por seu tempo e desejando que minhas palavras tenham despertado na Senhora o desejo de aprofundar seu conhecimento sobre aquela época, aproveito esta rara oportunidade para apresentar-lhe meus protestos de respeitosa consideração.
Cordialmente,
José Gobbo Ferreira

segunda-feira, 6 de maio de 2013

O HOMEM DE NAZARÉ



O Homem de Nazaré
 
Vinte séculos já se escoaram no tempo. Ao finalizar-se o último milênio, a figura de Jesus foi muito lembrada. Ao mesmo tempo, contestada.
Ainda existem pessoas que afirmam que Ele jamais existiu. E procuram algumas anotações distorcidas da História, para justificarem a sua tese.
Contudo, quem, na História do mundo, realizou o que Ele fez, em tão pouco tempo e com tão pouco?
Ao nascer, não tinha sequer um berço e Lhe foi improvisada uma manjedoura, onde os animais buscavam o alimento.
Os primeiros momentos da Sua vida passou em um estábulo, entre o calor dos animais e o amor dos pais. O teto não Lhe pertencia.
Na infância, esteve no Egito, na qualidade de estrangeiro, submetendo-Se às leis dos homens.
Depois, de retorno a Nazaré, viveu no lar humilde de um carpinteiro, moldando com Suas mãos a madeira para a transformar em mesas, bancos, utensílios vários.
Ao iniciar o Seu messianato, entre os homens, escolheu doze trabalhadores do povo. À exceção de um deles, Mateus, todos os demais, homens rudes, acostumados à lide com redes e comércio.
Não dispunha de recursos amoedados. Pregava à beira do lago, nas praças, nos vilarejos. Utilizava-Se das oportunidades nas sinagogas e no templo.
Os exemplos, para a pregação do Reino que vinha implantar no coração dos homens, colhia das coisas simples, mas expressivas, da natureza.
Um grão de mostarda para lecionar o tamanho da fé que remove montanhas. Uma figueira que se negava a dar frutos, desatendendo a sua missão, para dizer da necessidade de se produzir sempre.
Flores do campo e aves do céu para ensinar a lição inigualável da Providência Divina, que por todos vela.
Ovelhas para falar de mansidão e da preocupação do pastor para com cada uma delas.
Pérolas para dizer da preciosidade das lições que Ele trazia do Pai para a Terra.
Sementes, campos férteis e terras áridas para Se referir ao próprio coração humano ao qual Se dirigia.
Falou de justiça numa terra cansada de injustiças sociais. Trouxe a lição da não violência, num mundo envolvido em muitas guerras.
Ensinou que o Divino Criador é Pai de todos, sem diferença de nacionalidade ou condição social.
Ninguém disse o que Ele disse e da forma que O fez.
E até hoje, ninguém teve o Seu aniversário comemorado, todos os anos, pelo mundo todo, durante mais de dois mil anos.
* * *
Jesus é o mais notável Ser da História da Humanidade. A Sua vida e a Sua obra são as mais comentadas e discutidas dentre todas as que já passaram pela cultura e pela civilização, através dos tempos.
O Seu Testamento, o Evangelho, é o mais belo poema de esperanças e consolações de que se tem notícia.
Ainda hoje, a Sua voz alcança os ouvidos de todos aqueles que sofrem, ou que aspiram pelos ideais de beleza e de felicidade, os que aguardam por melhores dias.
O Seu convite é para o prosseguimento da autossuperação, na rota da perfeição.
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais colhidos na Apresentação do livro Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Disponível no CD Momento Espírita Especial de Natal, v. 15, ed. Fep.
Presenteie um amigo com essa mensagem. Ela está disponível no CD:

R$ 17,00


CD - Momento Espírita - Vol. 15 - Especial de Natal
Seleção das melhores mensagens
EQUIPE FEP
1 - A luz do Natal 2 - Aniversário de Jesus 3 - Canção de Natal 4 - Comemoração do Natal 5 - Conquistador Incomparável 6 - Jesus, Modelo e Guia 7 - O Grande Doador 8 - O Homem de Nazaré 9 - O Homem Jesus 10 - O mais Sublime Amor 11 - Perante o Natal 12 - Permanente Natal 13 - Seu Primeiro Natal 14 - Um Homem chamado Jesus 15 - Uma figura Incomparavel .

domingo, 5 de maio de 2013

QUANDO EU ESTIVER LOUCO, SE AFASTE

QUANDO EU ESTIVER LOUCO, SE AFASTE -
 
 por Martha Medeiros

Há que se respeitar quem sofre de depressão, distimia, bipolaridade e demais transtornos psíquicos que afetam parte da população. Muitos desses pacientes recorrem à ajuda psicanalítica e se medicam a fim de minimizar os efeitos desastrosos que respingam em suas relações profissionais e pessoais. Conseguem tornar, assim, mais tranquila a convivência.

Mas tem um grupo que está longe de ser doente: são os que simplesmente se autointitulam “difíceis” com o propósito de facilitar para o lado deles. São os temperamentais que não estão seriamente comprometidos por uma disfunção psíquica – ao menos, não que se saiba, já que não possuem diagnóstico. São morrinhas, apenas. Seja por alguma insegurança trazida da infância, ou por narcisismo crônico, ou ainda por terem herdado um gênio desgraçado, se decretam “difíceis” e quem estiver por perto que se adapte. Que vida mole, não?

Tem uma música bonita do Skank que começa dizendo: “Quando eu estiver triste, simplesmente me abrace/Quando eu estiver louco, subitamente se afaste/quando eu estiver fogo/suavemente se encaixe...”. A letra é poética, sem dúvida, mas é o melô do folgado. Você é obrigada a reagir conforme o humor da criatura.

Antigamente, quando uma amiga, um namorado ou um parente declarava-se uma pessoa difícil, eu relevava. Ora, estava previamente explicada a razão de o infeliz entornar o caldo, promover discussões, criar briga do nada, encasquetar com besteira. Era alguém difícil, coitado. E teve a gentileza de avisar antes. Como não perdoar?

Já fui muito boazinha, lembro bem.

Hoje em dia, se alguém chegar perto de mim avisando “sou uma pessoa difícil”, desejo sorte e desapareço em três segundos. Já gastei minha cota de paciência com esses difíceis que utilizam seu temperamento infantil e autocentrado como álibi para passar por cima dos sentimentos dos outros feito um trator, sem ligar a mínima se estão magoando – e claro que esses “outros” são seus afetos mais íntimos, pois com amigos e conhecidos eles são uns doces, a tal “dificuldade” que lhes caracteriza some como num passe de mágica. Onde foi parar o ogro que estava aqui?

 Se a pessoa é difícil, é porque está se levando a sério demais. Será que já não tem idade para controlar seu egocentrismo? Se não controla, é porque não está muito interessada em investir em suas relações. Já que ficam loucos a torto e direito, só nos resta nos afastar, mesmo. E investir em pessoas alegres, educadas, divertidas e que não desperdiçam nosso tempo com draminhas repetitivos, dos quais já se conhece o final: sempre sobra para nós, os fáceis.

VEJA O QUE PODE ACONTECER A QUALQUER MOMENTO



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DISCURSO DE UM SUPER PRESIDENTE?







Discurso de um Super Presidente?

 

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – 
serrao@alertatotal.net
 
O Super Barbosa volta a provocar faniquitos na petralhada. Não porque o presidente do STF tenha advertido que os embargos de declaração não podem reverter as condenações no Mensalão. O medinho dos petralhas é que a versão pós-moderna e mais light do “Homem da Capa Preta”, sem a metralhadora Lurdinha a tiracolo, acabe saindo candidato a Presidente da República contra Dilma Rousseff.
 
Barbosa já cansou de avisar que não tem pretensões políticas. Mas a petralhada, sempre a beira de um ataque de nervos com ele, teme que tal aviso seja uma mera pretensão. O pavor petralha aumentou ainda mais ontem, depois do discurso anti-político e anti-corrupção do Super Barbosa, em um congresso da Unesco sobre liberdade de imprensa, em São José, na Costa Rica.
 
Inegavelmente, mesmo que não tenha tal intenção, o discurso de Joaquim Barbosa é o de um super-candidato a Presidente. Só um outro herói em nosso imaginário popular, o Coronel Nascimento (em Tropa de Elite II), conseguiria tocar em assuntos que a maioria da opinião pública deseja escutar e aplaudir.
 
O Super Barbosa criticou o tratamento privilegiado que a Justiça dá aos políticos corruptos. Também reclamou do excesso de recursos judiciais para quem desrespeita a lei. Condenou a falta de transparência no processo judicial brasileiro. E constatou que o Brasil é um País que pune muito os pobres, os negros e pessoas sem conexões. Foi uma retórica justa e perfeita para um candidato a lutar contra a petralhada na eleição de 2014.
 
O jornal O Globo pinçou algumas das contundentes pregações do Super Barbosa. A maioria delas faz parte do senso comum daquilo que o cidadão-eleitor-contribuinte deseja ouvir. Vale repeti-las aqui para uma análise posterior: Abramos aspas para o Super Barbosa:
 
O Brasil, como a maior parte da América Latina, tem problemas culturais para resolver que impactam no Judiciário. Por exemplo, a concepção equivocada de igualdade. As pessoas são tratadas de forma diferente de acordo com seu status, sua cor de pele e o dinheiro que têm. Tudo isso tem um papel enorme no sistema judicial e, especialmente, na impunidade”.
 
Um dos principais problemas que vejo no Brasil é a falta de transparência no processo judicial, algo anti ético e forte que existe em todo o sistema. Uma pessoa poderosa pode contratar um advogado poderoso, com conexões no Judiciário. Ele pode ter contatos com juízes sem nenhum controle do Ministério Público ou da sociedade. Depois vêm as decisões surpreendentes: uma pessoa acusada de cometer um crime é deixada em liberdade. E não é deixada em liberdade por argumentos legais, mais por essa falta de transparência das comunicações”.
 
Há uma razão para explicar a impunidade no nosso país. No Brasil, tem algo chamado foro privilegiado. Se um prefeito é acusado de um crime, ele não terá o caso dele julgado por um juiz comum. O caso dele será decidido por um tribunal de apelação. Se o acusado é um membro do Congresso, o caso será decidido pela Suprema Corte, que tem 60 mil casos aguardando julgamento, casos que afetam a sociedade, e não tem tempo algum para decidir processos criminais. Um caso envolvendo duas ou três pessoas não é concluído no Brasil em menos de cinco, sete, às vezes dez anos, dependendo do status social da pessoa”.
 
Barbosa apenas disse o que a maioria anti-petralha deseja ouvir. Daí cabe a pergunta de sempre: Barbosa faz tal discurso sem nenhuma segunda intenção política? Claro que não! Sua mensagem tem endereço certo: a petralhada e seus comparsas no Governo do Crime Organizado.
 
Eles já estão condenados à substituição pelo Poder Real Mundial que manda no Brasil. Já foram descartados e fingem não saber que, em breve, farão parte do lixo da história. Logicamente, no atual sistema, a lógica é que os petralhas sejam substituídos por marionetes mais lights – que pareçam ser menos incompetentes e menos corruptos.
 
Então, diante de tal constatação, façamos outra perguntinha: O super discurso do Barbosa é para forjá-lo como potencial candidato a Presidente da República, fortalecendo a imagem pública de coragem, honestidade e determinação no combate às coisas erradas, principalmente a corrupção? Nesse caso, a resposta é mais mineira que o Barbosa: pode ser que sim e pode ser que não...
 
Não resta dúvidas de que o discurso político para 2014 seguirá a linha de combate às injustiças e aos privilégios – fatores que geram impunidade e ajudam a “justificar”, no imaginário popular, as desigualdades.
 
A retórica da campanha de 2014 também terá de garantir a manutenção de uma estabilidade econômica (praticamente perdida), junto com a promessa de mais oportunidades de consumo e alavancagem social das classes economicamente mais baixas, como ocorreu na gestão Lula-Dilma.
 
Voltando a responder a perguntinha anterior: Barbosa não faz campanha para si mesmo. Barbosa parece o “super-herói” especialmente escalado para fazer metade do discurso político necessário para derrotar o PT. A outra metade, a promessa econômica, não cabe ao Super Barbosa – pelo menos neste primeiro momento.
 
Se Barbosa começar a falar de economia, pode escrever: ele é candidato. Do contrário, Barbosa fará apenas como o João da Bíblia. Não é ele a luz, mas vem para dar testemunho da luz, iluminar o caminho e, como ele já fez até agora, mandar uns petralhas para o simbólico buraco preto das trevas.   
 
Em política, no entanto, tudo é possível. Em tese, Barbosa cai no gosto popular para ser candidato – se quiser realmente ser, o que sempre fez questão de negar. O problema é que, no atual sistema, Barbosa não teria condições políticas de ser candidato. Exatamente porque ele hoje representa, simbolicamente, a antítese da classe política – tida como “corrupta” no imaginário do eleitor.
 
Não resta dúvida: o discurso de Barbosa é o de um Super Presidente – nem que seja do Supremo Tribunal Federal, que ficou bem na fita com a condenação dos mensaleiros – mesmo que, até agora, ninguém tenha ido para a cadeia (ou acabe nem indo...). Mas entre o discurso e a viabilidade política de uma candidatura, nas condições atuais, a distância é de um milhão de léguas mineiras...
 
Uma outra coisa é muito certa: o comportamento institucional do STF, na fase pós-mensalão, será decisivo para a definição dos rumos políticos. Se o Supremo, por um imperdoável equívoco, desandar com decisões para o lado do governismo corrupto, o pirão de nossa república imperial tende a desandar...
 
Se tal desastre ocorrer, torna-se enorme o risco de um vácuo institucional. Sendo assim, a pergunta é: quem tem hoje mais condições de ocupar um vazio de poder que for aberto pela falência múltipla dos três poderes? A farda? A toga? O terno? Quem?
 
O detentor da resposta mais correta ganha, inteiramente grátis, o direito a sentar na janela do ônibus...
 
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 4 de Maio de 2013.


sábado, 4 de maio de 2013

UMA GUERREIRA ANÔNIMA








Uma guerreira anônima

Naquela manhã do mês de setembro o dia amanheceu nublado, como se já antevisse que aquele seria um dia de despedidas.

A chuva fria e o vento insistente faziam crer que o inverno não cederia lugar à primavera que o calendário anunciava para o dia seguinte.

A família se revezava, há dias, junto ao leito de dor daquela matrona que se despedia de cada ente caro com um sorriso sereno e confiante.

A falência dos órgãos vitais era inevitável. O atendimento por parte dos médicos e enfermeiros se intensificava. Exames e mais exames denunciavam que o fim estava próximo.

Era chegada a hora de fechar a mala e retornar para casa. Para a Pátria Espiritual, de onde partira há pouco mais de oitenta janeiros, a fim de cumprir mais uma etapa no corpo físico.

Os compromissos assumidos antes do berço não eram poucos, nem fáceis. Deveria trazer ao mundo nove filhos. E os trouxe.

Deveria enfrentar todos os tipos de dificuldades que uma dona de casa do início dos anos vinte enfrentaria. E os enfrentou.

Jamais pensou em si mesma. Dedicou-se com todo carinho aos filhos e ao esposo.

A enfermidade deveria seguir seus passos por toda a existência, como monitora atenta diante do aluno que está em prova.

Tinha a certeza de que para sentir o perfume das rosas é preciso suportar os espinhos...

Quando o medo e a insegurança visitaram-lhe a intimidade, ela teceu a confiança com os fios invisíveis da oração sincera.

Quando o trabalho árduo exigiu suas forças, ela não lhe negou dedicação com valentia.

Quando a loucura se instalou em sua mente, como mensageira da Justiça Divina, ela dobrou-se ao único tratamento disponível à época, sem reclamar, mesmo afastada dos filhos queridos.

Enquanto a solidão e a saudade lhe dilaceravam o coração de mãe, ela lançava ao solo as sementes da renúncia, confiante num amanhã mais feliz.

Quando as densas nuvens da tristeza pairavam sobre sua cabeça, ela abria brechas de luz para que o otimismo pudesse penetrar.

Diante da dor, ela sorria...

Diante da infidelidade dos amores, ela exercitava o perdão...

Diante da indiferença, ela silenciava.

Quando a doença lhe tirou o direito à voz, ela treinou abnegação...

Quando a impediu de andar, ela ensinou a paciência.

Quando se tornou fisicamente dependente, aceitou ajuda com humildade.

E, quando a morte, qual hábil cirurgiã apresentou-se para libertá-la do corpo enfermo e debilitado, ela se entregou sem resistência.

Foi assim que aquela guerreira anônima partiu... sem alarde nem honrarias... mas cercada do mais puro afeto dos familiares bem-amados.

* * *

A chuva fria e o vento insistente faziam crer que o inverno não cederia lugar à primavera que o calendário anunciava para o dia seguinte.

Mas a primavera sempre chega...

Naquele dia, a velha guerreira pode dizer: "Meu dia de trabalho acabou."

E, como uma ave cativa, libertou-se da gaiola e rumou para casa, levando na bagagem uma soma imensa de provas superadas.

Ela estava certa de que o túmulo não é um beco sem saída. É apenas uma passagem, que se fecha ao crepúsculo e a aurora vem abrir novamente.

Os familiares se despediram, sem desespero nem revolta, pois era assim que ela queria. Foi esse o exemplo que ela deixou para ser seguido.

Equipe de Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O MÉTODO DE KARDEC




O MÉTODO DE KARDEC
J. Herculano Pires no livro A Pedra e o Joio
 
Kardec nasceu no início do século XIX, numa fase de aceleramento do processo cultural em nosso mundo. Formou-se na cultura do século, sob a orientação de Pestalozzi, o mestre por excelência. Especializou-se em Pedagogia, que podemos chamar de Ciência da Cultura, e até aos cinquenta anos de idade exerceu intensas atividades pedagógicas, tornando-se o sucessor de Pestalozzi na Europa. Não se fez padre nem pastor, mas cientista e filósofo, na despretensão e na humildade de quem não procurava elevadas posições, mas aprimorar os seus conhecimentos. Adquiriu no estudo, nas atividades teóricas e na prática, o mais amplo conhecimento dos problemas culturais do seu tempo.
 
Vivendo em Paris, considerada então como o cérebro do mundo, impôs-se ao consenso geral como homem de elevada cultura, um intelectual por excelência. Colocado num momento crucial da evolução terrena, viu e viveu o drama cultural da época. E só aos 50 anos de idade, maduro e culto, deparou com o problema nodal do tempo e procurou solucioná-lo em termos culturais. Esse problema se resumia no seguinte: a cultura clássica, religiosa e filosófica, desabava ao impacto do desenvolvimento das Ciências, sem a menor capacidade para enfrentar o realismo científico e salvar os seus próprios valores fundamentais.
 
Formado na tradição cultural do Século XVIII, herdeiro de Francis Bacon, René Descartes e Rousseau, compreendeu claramente que o problema do seu tempo repousava na questão do método. Os fenômenos espíritas se verificavam com intensidade, como uma espécie de reação natural aos excessos do empirismo, no bom sentido do termo, que era a aplicação do método experimental a todo o conhecimento. A tradição espiritual rejeitava esses excessos, mas não dispunha de armas para combatê-los. Kardec resolveu aplicar o método experimental ao estudo dos fenômenos espíritas.
 
Logo aos primeiros resultados verificou que o nó do problema estava no seguinte: o método experimental se aplicava apenas à matéria, excluindo-se o espírito que era considerado como imaterial e portanto inverificável.
 
Mas se havia fenômenos espíritas era evidente que o espírito, manifestando-se na matéria, tornava-se acessível à pesquisa. Tudo dependia, pois, do método. Era necessário descobrir um método de investigação experimental dos fenômenos espíritas. Era claro que esse método não podia ser o mesmo aplicado à pesquisa dos fenômenos materiais, considerados como os únicos naturais. Mas por que os únicos? Porque as manifestações do espírito eram consideradas como sobrenaturais, regidas por leis divinas.
 
Já Descartes, no Século XVII, lutando contra o dogmatismo escolástico, mostrara a unidade de alma e corpo na manifestação do ser humano e advertira contra o perigo de confusão entre esses dois elementos constitutivos do homem. Kardec se sentia bem esteado na tradição metodológica e conseguiu provar que os fenômenos espíritas eram tão naturais como os fenômenos materiais. Ambos estavam na Natureza, espírito e matéria correspondiam a força e matéria, os dois elementos fundamentais de tudo quanto existe.
 
Daí sua conclusão, até hoje inabalada, e confirmada na época pelas manifestações dos próprios Espíritos que o assistiam: a Ciência do Espírito correspondia às exigências da época. Mas era necessário desenvolvê-la segundo a orientação metodológica da Ciência da Matéria, pois essa orientação provara a sua eficiência. A questão era simples: na investigação dos problemas espirituais o método dedutivo teria de ser substituído pelo método indutivo. Mas essa questão se tornava complexa porque a tradição espiritualista, cristalizada nos dogmas das igrejas, repelia como herética e profanadora a aplicação da pesquisa científica aos problemas espirituais.
 
Kardec enfrentou a questão com extraordinária coragem. Enfrentou sozinho, sem o apoio de nenhum poder terreno, todo o poderio religioso da época. Teve então de colocar-se entre os fogos cruzados da Religião, da Filosofia e da Ciência. Os teólogos o atacavam na defesa de seus dogmas, a Filosofia o considerava um intruso e a Ciência o condenava como um reativador de superstições que ela já havia praticamente destruído. A vitória de Kardec definiu-se bem cedo. A Ciência Psíquica inglesa, a Parapsicologia alemã e a Metapsíquica francesa nasceram da sua coragem e das suas pesquisas. Mais de cem anos depois, Rhine e Mac Dougal fundariam nos Estados Unidos a Parapsicologia moderna, seguindo a mesma orientação metodológica de Kardec. E a sua vitória se confirmou plenamente em nossos dias, quando as pesquisas parapsicológicas endossaram as conclusões de Kardec e logo mais a própria Física e a Biologia fizeram o mesmo. A palavra paranormal, criada por Fredrich Myers e hoje adotada na Parapsicologia, substituiu em definitivo, no campo científico, a classificação errônea de sobrenatural dada aos fenômenos espirituais.
 
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O Espiritismo é ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência, consiste nas relações que podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem dessas relações.
 
Podemos assim defini-lo:
 
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos, e de suas relações com o mundo corporal. 
 
Allan Kardec, no livro “O QUE É O ESPIRITISMO”, (Preâmbulo).
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14. – Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhes as consequências e busca as aplicações úteis. Não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida; assim, não apresentou como hipóteses a existência e a intervenção dos Espíritos, nem o perispírito, nem a reencarnação, nem qualquer dos princípios da doutrina; concluiu pela existência dos Espíritos, quando essa existência ressaltou evidente da observação dos fatos, procedendo de igual maneira quanto aos outros princípios. Não foram os fatos que vieram a posteriori confirmar a teoria: a teoria é que veio subsequentemente explicar e resumir os fatos. É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação e não produto da imaginação. As ciências só fizeram progressos importantes depois que seus estudos se basearam sobre o método experimental; até então, acreditou-se que esse método também só era aplicável à matéria, ao passo que o é também às coisas metafísicas.
 
Allan Kardec, no livro “A GÊNESE”, cap. I, item 14
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55. – Um último caráter da revelação espírita, a ressaltar das condições mesmas em que ela se produz, é que, apoiando-se em fatos, tem que ser, e não pode deixar de ser, essencialmente progressiva, como todas as ciências de observação. Pela sua substância, alia-se à Ciência que, sendo a exposição das leis da Natureza, com relação a certa ordem de fatos, não pode ser contrária às leis de Deus, autor daquelas leis. As descobertas que a Ciência realiza, longe de o rebaixarem, glorificam a Deus; unicamente destroem o que os homens edificaram sobre as falsas idéias que formaram de Deus.
 
O Espiritismo, pois, não estabelece como princípio absoluto senão o que se acha evidentemente demonstrado, ou o que ressalta logicamente da observação. Entendendo com todos os ramos da economia social, aos quais dá o apoio das suas próprias descobertas, assimilará sempre todas as doutrinas progressivas, de qualquer ordem que sejam, desde que hajam assumido o estado de verdades práticas e abandonado o domínio da utopia, sem o que ele se suicidaria. Deixando de ser o que é, mentiria à sua origem e ao seu fim providencial. Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará. 
 
Allan Kardec, no livro “A GÊNESE”, cap. I, item 55.
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LIDERANÇA COMPARTILHADA







Liderança compartilhada
Conta-se que Alexandre, o grande, conduzia seu exército para casa depois da grande vitória contra Porus, na Índia. Cruzavam por uma região árida e deserta e os soldados sofriam terrivelmente com o calor, a fome e, mais que tudo, a sede. Os lábios rachavam e as gargantas ardiam devido à falta de água.
Muitos estavam prestes a se deixar cair no chão e desistir. Por volta do meio-dia, o exército encontrou um destacamento de viajantes grego. Vinham montados em mulas e carregavam alguns recipientes com água.
Um deles, vendo o rei quase sufocar de sede, encheu um elmo com água e o ofereceu a ele.
Alexandre pegou o elmo nas mãos e olhou em torno de si. Viu os rostos sofridos dos soldados, que ansiavam, tanto quanto ele, por algo refrescante.
"Obrigado, mas pode ficar com a água", disse ele, "pois não tem sentido matar a minha sede sozinho, e você não têm o suficiente para todos." Devolveu a água sem tomar uma gota. Os soldados, aclamando seu rei, puseram-se de pé e pediram que o líder continuasse a conduzi-los adiante.
O rei Alexandre deu um grande exemplo de verdadeira liderança. De uma liderança que compartilha, que divide, que caminha lado a lado, diferente do autoritarismo, que centraliza o poder e inibe a ação e a iniciativa dos seus liderados.
Esse modelo de líder que estabelece regras para os outros e que não as cumpre, já está ultrapassado pelo novo modelo de liderança compartilhada.
Para ser um bom líder é preciso estar disposto a seguir à frente para abrir o caminho, para dar o exemplo, para orientar e conduzir sua equipe. Hoje já não tem mais lugar aquele modelo de líder que ficava no alto do seu trono dando ordens e exigindo que fossem cumpridas.
O que realmente funciona, é o tipo de líder que serve mais, que abre caminhos, que descobre meios de superar obstáculos junto com a equipe. É o líder que incentiva, que desperta a motivação e o entusiasmo e que está sempre disposto a ouvir e a corrigir o passo se for necessário.
O verdadeiro líder é aquele que não espera pelos outros e não escolhe as tarefas, mas realiza tudo o que está ao seu alcance.O líder seguro é naturalmente respeitado pela sua autoridade intelecto-moral e não pela prepotência que geralmente afasta os companheiros de equipe e espalha o temor ao invés de despertar o respeito.
Ademais, quem está investido da responsabilidade de conduzir outras pessoas, é alguém que tem a tarefa de oferecer o melhor de si, de ser uma lição viva, mas uma boa lição viva, capaz de conduzir ao bem e à liberdade.
E esse modelo de liderança também é válido para os pais e educadores em geral. Quem consegue despertar em seu time o desejo de envolvimento e comprometimento com as tarefas ou com as metas que deverão ser atingidas, está a um passo da vitória.
Assim, se você está investido na função de chefia, seja ela em que nível for, lembre-se sempre do exemplo de Alexandre, o grande, e considere cada membro da sua equipe, tão importante quando você mesmo. E isso, independente da função que cada um ocupe.
Pense nisso!
Você está no lugar correto, com as pessoas certas e na melhor situação que as leis divinas lhe permitem estar.
Se hoje você ocupa a posição de líder, é porque precisa aprender a liderar com sabedoria para que possa crescer e promover o crescimento dos que lhe seguem os exemplos.
Se você está sob a coordenação de alguém, é porque precisa aprender a aceitar orientações com o firme propósito de colaborar, dando o melhor de si.
Tanto uma posição quanto a outra são excelentes oportunidades de crescimento e regeneração que Deus oferece a quem tem o desejo sincero de elevar-se na escala evolutiva, rumo à felicidade tão sonhada.
Pense nisso!
(Equipe de Redação do Momento Espírita, baseado em história do livro "Os Donos do Futuro" de Roberto Shinyashiki, editora Infinito)
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