quinta-feira, 19 de junho de 2014

INFLUÊNCIA INFELIZ




Influência infeliz
Você, que convive mais de perto com as crianças, já notou como elas, em geral, têm um coração generoso e uma grande capacidade de perdoar?
Além disso, percebem as coisas de maneira simples e descomplicada.
Mas, infelizmente, o que acontece é que, às vezes, os adultos exercem sobre elas uma influência infeliz.
Quando a criança chega chorando, por exemplo, dizendo que o amigo lhe bateu, logo os pais tomam partido, aconselhando que não brinque mais com o malvado, que fique longe dele.
Passam-se apenas alguns minutos e eis que o pirralho já está às voltas com o amiguinho brigão, dando mostras de leveza de sentimentos, de esquecimento das ofensas.
Mas para os pais isso não está certo. E não é raro que questionem o filho, perguntando-lhe como pode brincar novamente com aquela criança agressiva? Isso quando não dizem, logo no início: se ele te bateu, bata nele também!
Ao agir assim o educador passa para o seu educando a lição da mágoa, do rancor, do melindre, da violência.
Noutras vezes, passa lições de vingança sem se dar conta. É quando, por exemplo, a criança bate em algum objeto e corre para o colo da mãe chorando.
Esta imediatamente começa a xingar o objeto, dizendo que ele é o culpado, que é feio, malvado, e até chega ao cúmulo de bater no objeto como se fosse um ser vivo.
Sem dúvida uma lição de vingança. E, além disso, a criança aprende a jogar nos outros a culpa pelos próprios descuidos. Se é um objeto inanimado, não poderia ter saído do lugar para se jogar contra nosso filho, mas há pais que passam essa idéia.
Seria mais fácil e verdadeiro, além de educativo, socorrer a criança e lhe dizer que isso acontece porque, às vezes andamos meio distraídos.
Há crianças que também aprendem com os próprios pais, a lição do egoísmo. Estes lhe dão um brinquedo e não deixam de recomendar: "não deixe ninguém mexer no seu brinquedo, filho, pois poderá estragar."
Mais tarde, quando o filho esconde suas coisas dos próprios irmãos, não se sabe onde arranjou tanto egoísmo.
A mentira, não raro, também é lecionada dentro do lar. Há pais que mentem com tanta naturalidade na presença dos filhos, que nem se dão conta de que eles os observam e imitam seus exemplos.
Lições de desonestidade, por vezes, são passadas com tanta freqüência que passam a fazer parte da formação dos caracteres do educando.
É quando o pai pede ao filho que não conte isto ou aquilo para a mãe, ou vice e versa.
Quando o garçom se engana no troco e entrega dinheiro a mais, e o pai diz que não devolverá, pois o problema não é dele e sim do garçom que não presta atenção no que faz. Mas se o garçom devolve dinheiro a menos, então o pai reclama seus direitos.
Esses são apenas alguns exemplos de como podemos exercer influência negativa na formação do caráter dos nossos filhos.
Sendo assim, é preciso que prestemos muita atenção em nossas atitudes, em nossa maneira de lidar com as situações corriqueiras, pois elas são de extrema importância na educação informal das nossas crianças.
Pense nisso!
A criança é extremamente observadora.
Ela está sempre atenta aos nossos menores gestos e palavras.
Portanto, conduzirá seus passos guiados pelos nossos.
Tomará atitudes baseadas nas nossas. Terá por valores tudo o que valorizamos e por desvalores o que desvalorizamos.
Por essas e outras razões, precisamos pensar muito bem antes de agir, de forma que nossas ações sejam lúcidas e coerentes com o caráter de um verdadeiro homem de bem.
Pensemos nisso!
Equipe de Redação do Momento Espírita

sábado, 7 de junho de 2014

PÁTRIA MADRASTRA VIL


Uma jovem de 26 anos escreveu essa maravilha!!!

REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO, COM MAIS DE 50.000 PARTICIPANTES 

Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para Professores, Advogados, Magistrados, Senadores, Deputados, Vereadores, Operários, povo simples de todas as partes de nosso país, Engenheiros, Administradores de Empresa, Jornalistas e outros formadores de opinião, Donas de casa, Empresários, empregados de todas as categorias, inclusive Sindicalistas, políticos em geral e alguns em particular,



Isso é o que eu chamo de jeito mágico de juntar palavras simples para formar belas frases. 



REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA QUE ACABA DE VENCER CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES 

Tema: ” Como vencer a pobreza e a desigualdade”

Autora: Clarice Zeitel Vianna Silva


UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ

Leia e entusiasme-se!

“PÁTRIA MADRASTA VIL"

Onde já se viu tanto excesso de falta? 
Abundância de inexistência... 
Exagero de escassez... 
Contraditórios? 
Então aí está! 
O novo nome do nosso país! 
Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL. 
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade. 
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições. 
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. 
Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil, está mais para madrasta vil. 
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira.' 
Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. 
Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. 
A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. 
Uma segue a outra... 
Sem nenhuma contradição! 
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. 
Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. 
E a educação libertadora entra aí. 
O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. 
Não aprendeu o que é ser cidadão. 
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. 
As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... 
Mas estão elas preparadas para isso? 
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil. 
Afinal, de que serve um governo que não administra? 
De que serve uma mãe que não afaga? 
E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona? 
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. 
Cada um por todos. 
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. 
Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? 
Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? 
Ser tratado como cidadão ou excluído? 
Como gente... Ou como bicho?


Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel Vianna Silva, 26 , estudante que termina Faculdade de Direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade.' A redação de Clarice intitulada 'Pátria Madrasta Vil',foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.

Por favor, divulgue para todo o país.

Aos poucos iremos acordar este "BRASIL "